Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Consultorias e bancos fazem revisões para cima de previsões sobre economia

Maioria dos indicadores de confiança da indústria, comércio, consumidores e outros segmentos aponta para dias melhores

Por Da Redação
23 jun 2016, 12h52

Começa a perder força o mau humor do mercado mantido há dois anos, e pipocam com mais força sinais de otimismo diante das perspectivas de mudanças no cenário econômico. Nas últimas semanas, uma leva de bancos e consultorias alteraram, para melhor, suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano e principalmente do próximo.

A maioria dos indicadores de confiança da indústria, comércio, consumidores e outros segmentos aponta para dias melhores, o que pode indicar que o Brasil já bateu no fundo do poço e a tendência agora é começar a sair dele.

A expectativa é de que, após a efetivação de Michel Temer e sua equipe econômica no governo, o país “comece a sair do buraco e parta para a retomada mais consistente”, avalia o economista Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados.

A consultoria MB revisou de 0,6% para 2% a projeção de crescimento do PIB de 2017. Para este ano, a queda antes prevista em 4,1% baixou para 3,3%. “O último trimestre já deve ter uma virada leve, mas levará o próximo ano a abrir com crescimento”, prevê o economista. Em 2018, diz, a fase de crescimento será mais sustentável, “dependendo de quem for eleito (como presidente)”.

Mendonça de Barros aponta como fatores importantes o crescimento do setor agropecuário, das exportações e a queda futura da inflação e dos juros. “Os bancos devem ficar mais flexíveis em prazos, o que dará certo estímulo aos consumidores de bens duráveis. Muita gente que postergou compras por causa da falta de confiança deve voltar ao mercado.”

Neste mês, o índice da Fecomércio-SP que mede a confiança do consumidor atingiu 98 pontos. Ainda é baixo, levando-se em conta que zero significa pessimismo total e 200 pontos otimismo total, mas é a primeira elevação em 40 meses na comparação anual.

Continua após a publicidade

Para o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, a alteração no cenário político teve força grande na mudança de humor dos empresários e do mercado. Segundo ele, sabia-se que o novo governo voltaria a adotar o tripé macroeconômico (câmbio flutuante, responsabilidade com as contas públicas e sistema de metas de inflação).

Com essa visão, o Fibra foi o primeiro a mudar a expectativa de crescimento do PIB de 2017 de 1% para 2,1% – a melhor projeção até agora.

“A alteração foi feita alguns dias antes do impeachment de Dilma Rousseff, pois na época já começavam a aparecer mudanças nos diversos índices de confiança e o movimento continuou”, diz Oliveira. Ele ressalta, porém, que o crescimento deverá vir principalmente das exportações, pois, para o mercado interno, a previsão é de alta de apenas 0,5%.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado na semana passada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), subiu pelo segundo mês seguido, para 45,7 pontos, o maior desde novembro de 2014. Ainda assim, segue abaixo de 50 pontos (limite para indicar confiança dos empresários). A média histórica é de 54,3 pontos.

Leia também:

Grupo Ser fará nova proposta pela Estácio

Governo edita nova MP que limita a R$ 3,5 bi aporte à Eletrobras

Esperança – “Traduzo mais como índices de esperança de que as coisas vão mudar”, afirma João Carlos Marchesan, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Para ele, ainda faltam sinais de retomada de investimentos e de redução do desemprego. De 2013 para cá, o setor de máquinas teve recuo de 38% em suas atividades e demitiu, só no ano passado, quase 28 mil trabalhadores.

Mendonça de Barros e Oliveira ponderam que investimentos e empregos vão demorar mais para reagir, pois as empresas atuam com elevada ociosidade. A melhora desses indicadores só deve começar a partir de 2017.

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.