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Consórcios de carros usados crescem 18% no 1º semestre

Essa modalidade de financiamento atrai consumidores por causa de parcelas mensais mais baratas

Por Da Redação
28 jul 2014, 11h23

O esfriamento da economia trouxe uma série de indicadores negativos no setor de veículos, mas o setor de carros usados vai contra essa maré baixa, ajudado pela modalidade de consórcio. No primeiro semestre, o número de carros usados financiados dessa forma cresceu 18% em relação ao mesmo período de 2013, para 103 mil unidades, segundo dados da Cetip. Como base de comparação, as vendas em geral de veículos usados fecharam o semestre com alta de apenas 4,6%.

A vantagem em relação às linhas tradicionais de financiamento está no custo menor. “O consórcio é um modelo de autofinanciamento em que todos os participantes se ajudam até que todas as partes adquiram o bem desejado”, resume Paulo Rossi, presidente da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac). Nessa lista entram carros, imóveis, eletrodomésticos e, mais recentemente, serviços viagens, procedimentos médicos e casamentos.

Para participar de um consórcio, os consumidores devem procurar uma administradora cadastrada pelo Banco Central e entrar em um grupo com o valor da carta de crédito do bem desejado. Feito isso, o comprador começa a pagar parcelas mensais e só terá direito ao crédito para aquisição do bem quando for contemplado, seja por sorteio, lance, ou quando chegar o prazo final para que todos sejam beneficiados. Atualmente, 21% de todo o crédito do sistema financeiro para compra de veículos é proveniente do sistema de consórcios, segundo dados do BC.

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Prós e contras – Apesar de a opção estar em alta para quem busca veículo próprio, especialistas alertam que o consórcio pode não ser vantajoso em todos os casos. A falta de educação financeira do brasileiro explica em boa parte a popularidade perene dos consórcios, na opinião do professor de finanças do Ibmec/RJ, Nelson de Sousa. Ao mesmo tempo em que força uma poupança, o consórcio pode significar perda de poder de compra, alerta o professor. “O consórcio acaba sendo uma boa opção só para quem é sorteado logo no início”, diz.

Se o cotista não for contemplado de imediato, o dinheiro pago mês a mês poderia ser utilizado de maneira mais rentável. “Se o investidor pegar esse dinheiro e usar em uma aplicação qualquer, ou até na poupança, ele pode chegar lá na frente, no final do consórcio, com um valor até maior do que o registrado na carta de crédito obtida pelo consórcio”, afirma Hélio Dias, diretor da Bradesco Consórcio.

Isso não elimina, lembra Sousa, as vantagens comparativas em relação a outras linhas de financiamento, como o Crédito Direto ao Consumidor (CDC). Isso acontece porque os juros para aquisição de veículos e outros bens via CDC costumam ser maiores do que o total de taxas cobradas para quem participa de um consórcio. “O consórcio é um crédito mais fácil”, afirma Dias, lembrando que as parcelas mensais são pequenas, o que torna a modalidade atrativa.

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Planejamento – De todo modo, o consórcio não deixa de ser uma opção interessante para quem não tem o hábito de poupar e se planejar para adquirir um bem. “A grande vantagem é disciplinar as pessoas para realizar uma poupança mensal. Esse é um problema do Brasil, não há muita disciplina em relação ao dinheiro”, afirma Sousa.

Uma saída para driblar essa desvantagem, em caso de demora na contemplação, é ter dinheiro reservado para efetuar lances mensais e não depender da sorte. Os lances devem obedecer a um porcentual do valor do consórcio. Se ultrapassar as demais ofertas, o consumidor recebe a carta de crédito.

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(Com Estadão Conteúdo)

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