Confiança da indústria recua 5,1% em maio, diz FGV
Instituição também divulgou o índice de confiança do setor de serviços, que caiu 5,7% no quinto mês. Ambos apresentaram a maior desaceleração desde dezembro de 2008
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira recuou 5,1% em maio sobre abril, passando de 95,6 para 90,7 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. Esta foi a maior variação negativa desde dezembro de 2008. “A piora do ambiente de negócios, captada por todos os quesitos integrantes do ICI, sinaliza desaceleração da atividade no setor e aumento do pessimismo em relação à possibilidade de reversão da tendência nos próximos meses”, avaliou a FGV.
Entre os indicadores que compõem o ICI está o Índice da Situação Atual (ISA), que caiu 5,1% entre abril e maio, para 92,3 pontos, influenciado principalmente pelo maior pessimismo das empresas com relação à demanda. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 5%, para 89,2 pontos, com destaque para o quesito que mede as expectativas com a produção no curto prazo. Segundo a FGV, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) atingiu 84,3% em maio, alta de 0,2 ponto percentual ante o mês anterior.
De acordo com os últimos dados publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a produção industrial brasileira recuou 0,5% em março sobre o mês anterior. A perspectiva é de desempenho fraco no ano, em meio à perda de força dos investimentos no final do primeiro trimestre.
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Serviços – Nesta quarta-feira, a FGV também divulgou o Índice de Confiança de Serviços (ICS), que caiu 5,7% em maio na comparação com abril, também a maior queda desde dezembro de 2008.O indicador chegou a 106,8 pontos em maio, abaixo dos 113,3 pontos no mês anterior, quando já havia recuado 3,1%. O nível atingido em maio é o menor desde abril de 2009 (103,5 pontos).
De acordo com a FGV, o Índice da Situação Atual (ISA-S) teve queda de 4,6% em maio sobre abril, depois ter caído 3,8% no mês passado. Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE-S) recuou 6,6% em maio, ante queda de 2,5% em abril.
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(com agência Reuters)