Confiança da indústria atinge maior nível desde fevereiro de 2015
Este é o maior nível do indicador desde fevereiro do ano passado, quando atingiu 84,9 pontos
O Índice de Confiança da Indústria subiu 4,2 pontos em junho em relação ao mês anterior, alcançando 83,4 pontos, informou nesta terça-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Esse é o maior nível do indicador desde fevereiro de 2015, quando atingiu 84,9 pontos.
A alta foi observada em catorze dos dezenove principais segmentos do levantamento e foi determinada pela melhora das expectativas em relação ao futuro próximo.
Para o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr., o resultado de junho consolida a tendência de recuperação da confiança no setor industrial. “O retorno da confiança aos níveis médios históricos dependerá, de agora em diante, de uma efetiva recuperação da demanda interna e da redução das incertezas originadas no ambiente político”, afirmou.
O Índice de Expectativas avançou 7,5 pontos em relação a maio. Essa foi a segunda maior alta registrada pelo indicador, perdendo apenas para a variação mensal de janeiro de 2002 (7,6 pontos). Dentro desse indicador, o destaque de alta foi o item que capta as perspectivas para a produção nos três meses seguintes. Após o terceiro aumento consecutivo, o indicador atingiu 93,9 pontos, o maior nível desde abril de 2014 (96,1 pontos).
Já o Índice de Situação Atual também subiu, ainda que em menor medida (0,7 ponto, para 81,2 pontos). O indicador que mede o grau de satisfação com o nível atual da demanda foi o principal determinante para a alta do ISA em junho, ao atingir 80,1 pontos, 2,7 pontos superior ao observado no mês anterior.
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Capacidade instalada – A FGV também informou que, entre maio e junho, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 0,1 ponto porcentual, atingindo 73,9%. Em bases trimestrais, esse é o primeiro avanço do Nuci desde o terceiro trimestre de 2013. A média do indicador no segundo trimestre (74,0%) ficou 0,2 ponto porcentual acima da média do trimestre anterior (73,8%).
A pesquisa ouviu 1.114 empresas entre os dias 1º e 23 de junho. Esse é o primeiro levantamento realizado integralmente durante a gestão do presidente em exercício, Michel Temer, que assumiu a presidência em 12 de maio.
(Com Estadão Conteúdo)