Conar acata denúncia da TIM contra Vivo por plágio
Apesar de tratar de um assunto diferente, anúncio da Vivo usou o mesmo conceito da concorrente. Órgão recomanda que propaganda deixe de ser veiculada
O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) negou recurso da Vivo, acusada de plagiar uma campanha da TIM em abril de 2012. A recomendação do órgão é que o anúncio da Vivo não seja veiculado em nenhum veículo de comunicação. A decisão foi tomada na terça-feira da semana passada.
No ano passado, a TIM lançou o Intelligence, um pacote de telefonia voltada para o mercado corporativo. Para anunciar a novidade, a operadora montou uma peça, em forma de um rosto, cheia de “prateleiras” – em cada uma das divisões, é mostrado um dos serviços incluídos no pacote.
Já a Vivo fez uma campanha com um objetivo diferente: mostrar que está nas empresas, sendo elas restaurantes, floriculturas ou qualquer outra. A semelhança com a campanha da TIM é que as empresas estão inseridas no logotipo da Vivo e separadas por cortes horizontais que remetem ao anúncio do TIM Intelligence.
Segundo o Conar, apesar do tema das suas propagandas seja diferente, alegou-se plágio pelo conceito repetido. O caso já havia sido discutido em primeira instância e, na ocasião, o órgão regulador decidiu arquivar o julgamento, o que provocou um recurso da TIM.
Agora que o Conar entendeu que houve plágio, é a Vivo que pode pedir um recurso – o último, de acordo com as diretrizes do órgão. A Vivo tem 15 dias, contando da data do julgamento, para recorrer. Com a decisão, o Conar recomenda que os veículos de comunicação não publiquem a peça publicitária da Vivo. Até agora, o órgão não foi notificado sobre nenhum pedido de recurso.
Procurada, a Vivo não emitiu nenhum posicionamento sobre a decisão. Caso a operadora recorra, a expectativa é de que a decisão final seja dada em agosto.
06/06/2013 – Em nota enviada ao site de VEJA, a Vivo afirmou que a suspensão da campanha não ocorreu por plágio. Segundo a empresa, para que isso ocorra, é necessário que o denunciante detenha a “originalidade” do “artifício criativo”, o que, segundo a Vivo, não é o caso da TIM. A operadora esclareceu ainda que as peças não usam a “mesma imagem”.
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