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Comunistas querem cancelar venda da TAP ao dono da Azul

Partido Comunista Português afirma que privatização da empresa aérea, vencida por consórcio liderado pelo empresário David Neeleman, é "ilegal"

Por Da Redação
10 dez 2015, 09h12

O Partido Comunista Português (PCP), num claro confronto com o governo socialista ao qual dá apoio, quer que o Estado cancele a venda “ilegal” de 61% da endividada companhia aérea TAP ao consórcio do empresário David Neeleman, segundo o deputado comunista português Bruno Dias. Neeleman é dono da companhia aérea brasileira Azul.

O deputado disse que o PCP vai apresentar um requerimento para ouvir o ministro do Planejamento e de Infraestrutura, Pedro Marques, na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas do Parlamento. Os comunistas exigem o cancelamento da privatização da TAP. O governo socialista, por sua vez, quer que o Estado fique com uma posição superior a 50%, tendo já iniciado negociações com o consórcio Gateway para este passar a ter apenas uma posição minoritária, embora o governo não queira afastar o grupo da TAP.

No Parlamento, no entanto, Bruno Dias afirmou que “existem todas as razões políticas, econômicas e jurídicas para anular e fazer reverter imediatamente esta privatização, sem qualquer indenização, como ato ilegal que foi. Esse negócio tem de ser cancelado, travado, e aqueles que se apoderaram da companhia, e que hoje estão mandando nela, têm de ver a porta da rua.”

Ele acrescentou que “o PCP assume que tem divergências em relação ao Partido Socialista quanto ao futuro da companhia e às soluções a serem adotadas”, O deputado frisou: “Temos opiniões divergentes em relação às questões do capital privado na companhia.”

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Em 12 de novembro, o governo português anterior, de centro-direita, já de saída, deu a autorização final à privatização da TAP, evocando o “iminente colapso” financeiro da empresa, apesar de os socialistas terem exigido que a estatal Parpública travasse o processo, já que o Executivo tem apenas poderes de gestão.

Em junho último, o consórcio Gateway, do brasileiro-americano David Neeleman, com o dono da companhia portuguesa Barraqueiro, Humberto Pedrosa, ganhou a disputa para comprar os 61% da TAP. A essa fatia se soma um lote de 5% para os trabalhadores da companhia aérea.

Recentemente, o presidente da TAP, Fernando Pinto, mostrou-se cético quanto à possibilidade de uma reversão da venda da TAP. “Não sei como se reverte a privatização. Entraram 180 milhões de euros e eu já gastei metade”, disse. A TAP, sob o comando do consórcio Gateway, já encomendou 53 aviões à Airbus.

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(Com Reuters)

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