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Declaração de Mario Draghi sobre euro anima mercados

Líder do BCE disse que fará o que for preciso para que Europa se recupere

Por Da Redação
26 jul 2012, 16h22

A afirmação do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, de que a instituição tomará todas as medidas necessárias para salvar o euro crirou grande otimismo nos mercados nesta quinta-feira, fazendo com que as bolsas europeias fechassem em alta e reduzindo os juros pagos pela Espanha para emitir dívida. A sessão econômica europeia também esteve marcada pelo anúncio de que a Grécia terá um novo plano de cortes de 11,6 bilhões de euros nos próximos dois anos para cumprir reformas estruturais prometidas a seus credores.

Diante dessa notícias, as principais bolsas europeias fecharam a quarta-feira com acentuada valorização. O Ibex-35, da bolsa espanhola, fechou com ganho de 6,06% (a 6.368,8 pontos); o FTSE-Mib, de Milão, teve alta de 5,62% (13.210 pontos); o CAC-40, de Paris, subiu 4,07% (3.207,12 pontos); e o DAX, de Frankfurt, mostrou valorização de 2,75% (6.582 pontos).

Londres apresentou uma alta mais moderada, de 1,36%, e fechou a 5.573,16 pontos. O índice espanhol foi estimulado principalmente pela alta dos papeis bancários, como Santander (+10,67%, a 4,51 euros), o BBVA (10,67%, a 4,908 euros), CaixaBank (+7,64%, 2,549 euros) e Bankinter (+13,90%, 2,392 euros), entre outros.

Segundo Draghi, o BCE está disposto a tomar todas as medidas necessárias para preservar o euro, conforme afirmou nesta quinta-feira, em Londres, o presidente da instituição. “Acreditem em mim, será suficiente”, afirmou em conferência com investidores.

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“Euro é irreversível” – O presidente da instituição com sede em Frankfurt – a qual muitos países pedem medidas para enfrentar a crise da zona do euro – destacou os progressos “extraordinários” dos últimos seis meses em termos de reformas estruturais. Para dissipar rumores de que a moeda única europeia está próxima de uma derrocada, ele garantiu: “o euro é irreversível”.

Draghi considera, no entanto, que o BCE não pode atuar no lugar dos estados nacionais e disse que a zona do euro dispõe de instrumentos para atenuar a crise, como os fundos de resgate. O BCE também pode intervir no caso de aumento das taxas de juros da dívida soberana de alguns países da eurozona, caso isto afete a aplicação de sua política monetária, afirmou Draghi. “Se os rendimentos soberanos prejudicam a transmissão da política, eles entram na nossa jurisdição”, declarou Mario Draghi.

Alívio na Espanha – No mercado da dívida, as palavras de Draghi também relaxaram o mercado, com as taxas de juros dos bônus a dez anos da Espanha recuando para menos de 7% pela primeira vez desde 19 de julho. A taxa de risco espanhola – o diferencial pago pelo bônus espanhol com relação ao bônus alemão de referência a 10 anos – situou-se abaixo dos 600 pontos básicos.

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O euro também se beneficiou do movimento de alta dos mercados e alcançou 1,228 euro por um dólar às 16:40 GMT (13:40 de Brasília) ante o 1,2146 às 07:15 GMT (04H15 de Brasília). Outra possibilidade do BCE na crise do euro seria conferir uma licença bancária ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) – o futuro fundo de resgate permanente das economias da zona do euro.

A licença bancária permitiria que MEE se financiasse para poder financiar os estados, evitando assim uma ajuda direta do BCE aos países. Alguns países, no entanto, como Alemanha e Holanda, são contra essa opção, alegando que comprar dívida é equivalente a financiar diretamente os estados, algo proibido pelos tratado em vigor.

O BCE também poderia comprar dívida dos países em dificuldades no mercado secundário (onde se negocia a dívida já emitida).

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(com Agence France-Presse)

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