Comissão do Senado aprova ajustes à nova lei do ICMS
Governo queria alíquota unificada para operações interestaduais, mas nova lei terá tributação diferenciada em algumas transações
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira alguns ajustes ao projeto que prevê novas alíquotas para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais. Também foi acatado um recurso do senador Romero Jucá (PMDB-RR) , que acelerou a tramitação do projeto. Com isso, a proposta pode ser votada a qualquer momento no plenário da Casa, não precisando esperar prazos regimentais para ser apreciada.
Atualmente, as operações interestaduais têm duas alíquotas. A maior parte dos estados cobra 12% de ICMS em transações do tipo. A exceção acontece quando as mercadorias ou serviços têm como origem as regiões Sul e Sudeste (menos o Espírito Santo): neste caso, a alíquota é de 7%. A proposta inicial do governo era que a alíquota fosse unificada para todos os estados e chegasse, gradativamente, a 4% até 2025.
No entanto, após muita discussão, ficou acordado que os produtos que saem das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e do Espírito Santo em direção ao Sul e outros estados do Sudeste serão taxadas em 7%.
Outro ponto importante foi a manutenção de uma alíquota de 12% nas operações que partem da Zona Franca de Manaus. Os senadores rejeitaram mudança apresentada pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que reduziria o porcentual do imposto em produtos fabricados no polo industrial para 7% até o início de 2018.
Para as outras demais operações, a alíquota será de 4%. Pelo texto aprovado, as novas alíquotas serão adotadas a partir de janeiro de 2018.
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(com Estadão Conteúdo)