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Com Selic mais baixa, inflação pode subir a 6% em 2013

Com a taxa de juro básica no Brasil (Selic) em trajetória de queda, economistas preveem inflação a 6% em 2013. Meta do governo era de 4,5%

Por Da Redação
6 Maio 2012, 10h05

Na esteira da mudança nas regras de remuneração da caderneta de poupança, anunciada na quinta-feira, economistas já começaram a calibrar as previsões para a inflação em 2013. A medida abre espaço para cortes mais drásticos na taxa básica de juros e analistas já apostam numa Selic de 8% ao ano, o que estimularia ainda mais a atividade econômica e o consumo. O efeito colateral indesejado seria um aumento na inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que se afastaria ainda mais do centro da meta do governo, de 4,5%.

As estimativas para a inflação em 2013, que giravam ao redor de 5,5%, aproximam-se agora de 6%. Nesse cenário, avaliam economistas ouvidos pela Agência Estado, o Banco Central (BC) seria obrigado a voltar atrás e elevar novamente a taxa Selic, se não quiser estourar o teto da meta.

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“Sem novas intervenções (do BC na taxa básica de juros), essa inflação tem grande possibilidade de romper os 6% no ano que vem. E o governo não vai querer começar o ano com previsão tão alta, porque, nesse caso, qualquer risco de choque negativo adicional resultaria num grande risco de estouro do teto da meta”, alerta Fernando Genta, economista-chefe da MCM Consultores Associados.

O ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni reconhece que o quadro de inflação “não é confortável”. “Acho que o limite para a Selic é 8,5%, com uma inflação de 5,5%, o que significaria uma taxa de juros real de 3%. Já é muito baixo.”

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Alta do dólar – A redução na taxa de juros tem efeito defasado na economia, de cerca de nove meses, o que levaria a reflexos apenas na inflação para 2013. A contaminação para os preços se dá pelo aumento da demanda, mas também pode ocorrer pela valorização do dólar em relação ao real. Com juros mais baixos, investidores podem direcionar recursos a aplicações mais rentáveis. “Acho que a via de contaminação se dará pelo dólar, não pelo crédito. Com taxas de juros mais baixas, os bancos serão mais seletivos ainda na concessão de empréstimos”, avalia Carlos Thadeu de Freitas, também ex-presidente do BC e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O dólar rompeu na semana passada a barreira de R$ 1,90, mas tem se valorizado também em relação a outras moedas, o que mantém esse viés externo de pressão sobre os preços no País. O cenário internacional será determinante para o controle inflacionário no ano que vem.

(Com Agência Estado)

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