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Com nova metodologia de reajustes, Petrobras puxa alta da Bovespa nesta segunda

A nova forma de cálculo foi aprovada na sexta-feira pela diretoria da estatal

Por Da Redação
28 out 2013, 14h20

As ações da Petrobras lideram as altas da BM&F Bovespa nesta segunda-feira, após a empresa ter dado mais detalhes sobre sua nova metodologia de reajuste de combustível, aprovada na sexta-feira pela diretoria da estatal, mas que ainda aguarda aval do Conselho de Administração. Enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa paulista, subia 0,93% (54.659 pontos) por volta de 14h, os papéis preferenciais (PN) e os ordinários (ON) da petroleira disparavam, respectivamente, 8,84% (cotado a 18,83 reais por ação) e 6,81% (19,75 reais).

A nova política de preços, que terá reajustes automáticos, visa permitir que a companhia planeje melhor seus investimentos, dando mais previsibilidade aos resultados, além de contribuir para que a companhia volte a trabalhar com níveis menores de alavancagem. Foi o que disse nesta segunda-feira o diretor financeiro, Almir Barbassa, em conferência com analistas para comentar os resultados da companhia no terceiro trimestre. No período, o nível de alavancagem atingiu 36%, ultrapassando o teto fixado pela companhia como aceitável, de 35%.

O diretor comentou ainda que a nova metodologia não ajustará preços no curto prazo, mas permitirá aumento de receita no longo prazo. A defasagem entre os preços praticados pela Petrobras e pelo mercado internacional tem prejudicado o resultado da companhia, na medida em que a estatal não pode repassar as variações aos preços locais.

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Apesar de o tema (metodologia) ser um dos mais questionados por analistas que participaram da teleconferência, Barbassa não entrou em muitos detalhes, como possíveis desdobramentos nos investimentos caso o conselho de administração não aprove a proposta de uma nova metodologia de preços. As principais dúvidas dos analistas giraram em torno de porcentuais e periodicidade das correções frente aos preços internacionais.

Segundo ele, a espera para aprovação da metodologia, prevista para 22 de novembro, não é problema. “Enfatizado que as condições de previsibilidade e redução de alavancagem estejam presentes, fazer agora ou daqui a um mês não é relevante”, afirmou.

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Resultado – Ainda nesta segunda-feira, o diretor de Abastecimento da estatal, José Cosenza, disse a jornalistas que as importações de gasolina e diesel da Petrobras voltarão ao normal do quarto trimestre de 2013, depois de a empresa ter comprado um grande volume de derivados no exterior no terceiro trimestre.

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O diretor de Exploração e Produção, José Miranda Formigli, também comentou nesta manhã que os problemas com atrasos que resultaram em produção abaixo do previsto também “já vêm sendo superados”. A tendência é de um aumento “bastante significativo” de produção no quarto trimestre, com uma diferença relevante ao longo de 2014, em relação a 2013.

Formigli disse ainda que a Petrobras não vai postergar projetos em razão do leilão Libra, área da qual a estatal terá 40% de participação. “Não estamos falando em substituir projetos”, disse. “Não significa atraso de qualquer projeto como já previsto no plano de negócios 2013-2017”.

Segundo ele, Shell e Total trarão expertise, especialmente em águas profundas, enquanto as chinesas CNOOC e CNPC trarão “principalmente robustez financeira” ao consórcio.

A Petrobras informou também que o declínio natural dos campos em produção nos últimos 12 meses ficou em 9%, abaixo dos 10% a 11% esperados. A conclusão de seis novas unidades do quarto trimestre deve contribuir para o crescimento sustentado da produção em 2014.

O lucro líquido de 3,395 bilhões de reais apurado pela Petrobras entre julho e setembro de 2013 ficou 40,6% abaixo do mesmo período do ano passado. A queda em comparação ao resultado do segundo trimestre deste ano é ainda maior, de 45,3%.

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(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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