Com maiores despesas, TIM lucra 16% menos no 1º trimestre
Operadora registrou lucro líquido de R$ 312,7 milhões no período, acima dos R$ 308 milhões esperados por analistas de mercado
A TIM teve um lucro líquido de 312,7 milhões de reais no primeiro trimestre, queda de 16% na comparação com o mesmo período do ano passado, informou a empresa de telecomunicações. A média das estimativas de analistas apontava para um lucro de 308 milhões de reais. O resultado foi pressionado por despesas financeiras maiores, que subiram 38,9% ano a ano, a 247 milhões de reais.
O presidente-executivo da companhia, Rodrigo Abreu, disse no relatório de resultados que apesar do cenário desafiador, a companhia continua a apresentar “sólida execução”. Abreu também mencionou os obstáculos de receita no curto-prazo, “como a aceleração da queda de serviços de SMS, impactados pelo fenômeno global de uso de aplicativos de mensagem, que também traz impacto na utilização de voz na indústria em geral”.
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A receita líquida total da TIM caiu 3,3% e encerrou o trimestre em 4,5 bilhões de reais. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) no período subiu 1,7%, a 1,3 bilhão de reais.
A empresa informou que investiu 924 milhões de reais nos três primeiros meses do ano, um aumento de 51% em relação ao mesmo período de 2014. A maioria dos investimentos foi alocada ao crescimento das redes 3G e 4G e à expansão da transmissão em fibra ótica, com o objetivo de construir uma infraestrutura para o futuro centrada em dados.
Cortes – Após a divulgação dos resultados, o presidente da operadora afirmou que não pretende reduzir o quadro de funcionários diante do maior foco da empresa em corte de custos e eficiência. “A nossa estratégia está voltada a processos, mudanças de modelo de negócios, e menos voltada a corte de curto prazo em estrutura”, disse o executivo.
Em teleconferência com analistas, o executivo enfatizou que a TIM está voltada neste ano para a disciplina de custos frente a um cenário de receitas “desafiador”. “Tivemos ao longo do último período incremento de pessoal com internalização de funções terceirizadas. Não existe previsão nesse sentido [de cortes]”, acrescentou.
(Com agência Reuters)