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Com Lava Jato, ações da Braskem lideram perdas na Bolsa

No pregão de ontem, papeis da petroquímica caíram 10%; no ano, perdas já chegam a 30%

Por Da Redação
28 jul 2015, 09h48

A petroquímica Braskem liderou as perdas do Ibovespa, principal índice de ações brasileiro, no pregão desta segunda-feira, refletindo denúncia feita na sexta-feira pelo Ministério Público Federal do Paraná, que está à frente das investigações da operação Lava Jato, sobre subfaturamento de contratos de fornecimento de nafta à empresa, com prejuízos à Petrobras. Os papéis PNA (preferenciais) da companhia caíram 10,54%, para 10,78 reais, e acumulam perdas de cerca de 30% desde o início do ano.

A operação Lava Jato tem afetado diretamente a Braskem, empresa que tem seus principais acionistas no centro das investigações. O grupo Odebrecht, cujo presidente, Marcelo Odebrecht, está preso desde o dia 19 de junho, detém 38,3% da companhia; a Petrobras tem 36,1%. A única empresa de capital aberto da Odebrecht viu seu valor de mercado cair de 10,9 bilhões de reais para 7,56 bilhões de reais.

O MPF-PR denuncia a Braskem de provocar prejuízo de quase 6 bilhões de reais à Petrobras pela “contratação viciada e subfaturada de nafta” de 2009 a 2014, com pagamento de propina a Paulo Roberto Costa (ex-diretor de abastecimento da estatal) e a agentes públicos e privados ligados a ele. A Procuradoria defende o ressarcimento da Petrobras pela Braskem.

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A Braskem explicou, em nota, que a venda da nafta pelo preço estabelecido era a melhor condição tanto para a Petrobras quanto para a Braskem porque eliminava custos logísticos de importação e exportação. A empresa cita depoimentos de executivos da Petrobras que afirmam que valores de 91% a 93% do ARA não gerariam prejuízo contábil à empresa.

A petroquímica afirmou também “que não faz nenhum sentido falar em 6 bilhões de reais de prejuízo à Petrobras”. Segundo a companhia, a estatal decidiu “unilateralmente importar nafta para atender o setor industrial”, já que decidiu usar a nafta nacional para produzir gasolina a partir de 2010, para atender à alta da demanda pelo combustível automotivo.

Em relatório, analistas do banco BTG Pactual afirmam que, mesmo sem entender como o cálculo foi feito, “os investidores vão naturalmente começar a usar esse número (6 bilhões de reais) como referência”. Já o Credit Suisse avalia o impacto de uma eventual multa bilionária à petroquímica. O banco diz que a Braskem tem 5 de reais bilhões em caixa e 3 bilhões de reais em linhas de crédito “stand-by”. Para o consultor João Luiz Zuñeda, da Maxiquim, a Braskem tem bons fundamentos econômicos. Ele lembra que a empresa está para abrir um projeto novo no México, de mais de 5 bilhões de dólares, e tem ativos importantes nos Estados Unidos e no Brasil.

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Venda- A Braskem lida também com rumores de que tanto Odebrecht quanto Petrobras cogitam vender sua fatia na petroquímica para ganhar fôlego financeiro. “Ambas precisam de dinheiro. Esse é um problema adicional, porque quando o comprador sabe da urgência em vender um ativo vai impor um preço menor”, diz o estrategista chefe da XP Investimentos, Celson Plácido.

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(Com Estadão Conteúdo)

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