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Com interrupção de obra, Comperj deve ter mais mil demissões

Construção de redes de tubulação foi paralisada pelo Consórcio Tubovias, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, GDK e MPE

Por Da Redação
23 out 2015, 08h42

Principal obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a construção de redes de tubulação foi paralisada pelo Consórcio Tubovias, formado pelas empresas Andrade Gutierrez, GDK e MPE. O consórcio negocia com a Petrobras a liberação de aditivos contratuais sobre o valor do projeto, inicialmente orçado em 511 milhões de reais. A interrupção foi comunicada nesta quinta-feira a funcionários e sindicatos de trabalhadores, e a previsão é que entre 800 e mil pessoas sejam demitidas. Desde janeiro, mais de cinco mil trabalhadores foram desligados do projeto e as principais obras foram paradas.

O contrato do Consórcio Tubovias terminou em agosto, mas já havia um aditivo de prazo em vigor para garantir a continuidade das obras. Agora, o consórcio solicitou à direção da estatal uma nova revisão do contrato, referente ao valor do projeto.

Segundo fontes próximas à negociação, ao longo de toda a semana, representantes do consórcio e da Petrobras se reuniram para discutir o aditivo, sem chegarem a um acordo. O principal impedimento seria o recadastramento de fornecedores da estatal: todos os integrantes do consórcio são investigados na Operação Lava Jato e foram bloqueados pela petroleira.

Em reunião nesta quinta-feira com funcionários, representantes do consórcio informaram que a decisão visava evitar novos custos contratuais sem previsão de ressarcimento. “Informaram que não tinham como manter os trabalhadores sem contrato. A direção da Petrobras está enrolando. O novo programa de conformidade tem muita burocracia e auditorias para evitar processos de sobrepreço”, explicou o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial do Município de Itaboraí (Sintramon), Marcos Hartung.

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Procurado, o consórcio informou que não se pronuncia sobre o tema, que seria de responsabilidade da estatal. A Petrobras, por sua vez, ainda não se manifestou.

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Obra – O consórcio assumiu a obra em 2013, sob liderança da construtora Andrade Gutierrez. O projeto prevê a construção de 4,5 quilômetros de tubulação para interligar todas as unidades do Comperj. O contrato original da obra, entretanto, foi firmado em 2011 com a MPE, ao custo de 731 milhões de reais.

Dois anos depois, a empresa atrasou a obra e alegou dificuldades para cumprir o contrato, que foi licitado novamente. Assim como a Andrade Gutierrez, a MPE é investigada na Lava Jato. Antes, em 2012, o Tribunal de Contas da União (TCU) já havia identificado superfaturamento de 163 milhões de reais no contrato. A empresa está bloqueada de novas licitações da estatal.

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(Com Estadão Conteúdo)

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