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Com comércio fraco, Serviços tem o pior resultado da história

Setor foi um dos grandes responsáveis pelo recuo da economia brasileira no primeiro trimestre deste ano

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 Maio 2015, 12h55

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor de serviços registrou uma queda de 1,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Na base de comparação anual, trata-se do pior resultado da série histórica iniciada em 1996. Em relação ao quarto trimestre de 2014, o segmento encolheu 0,7%.

Correspondendo a mais de 60% do PIB total, o setor foi o grande vilão que levou a economia a recuar 0,2% nos primeiros três meses de 2015. Os dados deixam claro que o segmento, que vinha passando ao largo da crise e teve uma rápida ascensão nos últimos anos, passou a sentir os efeitos da desaceleração da economia brasileira. “Os pesos pesados que estavam resistindo começam agora a ceder. E a ceder bastante”, avaliou a economista da consultoria Tendências Alessandra Ribeiro.

O fraco desempenho de serviços está diretamente relacionado ao desaquecimento do comércio (atacadista e varejista), que caiu 6% no primeiro trimestre de 2015 ante o mesmo período do ano passado. Também recuaram as atividades de transporte, armazenagem e correio (-3,6); administração, saúde e educação públicas (-1,4%); outros serviços (-0,6%); e intermediação financeira e seguros (-0,4%). Na outra ponta, atividades imobiliárias e serviços de informação subiram 2,8% e 2,9%, respectivamente.

Com a inflação corroendo a renda e a desconfiança em relação à manutenção do emprego, os brasileiros estão colocando o pé no freio e reduzindo os gastos. Além disso, os bancos têm restringindo cada vez mais a concessão de crédito, tendo em vista que os depósitos da poupança estão sumindo e as taxas de inadimplência subindo. “As famílias estão mais cautelosas na hora de gastar e os bancos, mais cautelosos na hora de dar crédito”, disse Alessandra.

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Em valores correntes, o PIB de serviços alcançou o montante de 786,8 bilhões de reais. No quarto trimestre de 2014, o valor era de 901,4 bilhões de reais.

O que impediu uma queda ainda maior no PIB total do primeiro trimestre foi o setor de agropecuária, que cresceu 4,7% no período, e a balança comercial favorável. Segundo o IBGE, as exportações de Bens e Serviços subiram 3,2%, enquanto que as importações caíram 4,7%.

No segundo trimestre de 2014, o segmento de serviços também fechou no vermelho, com baixa de 0,8%, puxando o PIB para baixo -1,4% negativo. Na época, no entanto, o resultado foi impactado pela Copa do Mundo, que levou o comércio e a indústria a diminuir a quantidade de dias úteis no período.

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