Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Com alta do dólar, Brasil deve cair em ranking das maiores economias

Segundo levantamento da agência Austin Rating, escalada da moeda, associada ao baixo crescimento, fará país perder a oitava posição entre as maiores economias globais

Por Da Redação
22 set 2015, 10h30

A alta do dólar, que na terça-feira, 22, ultrapassou os 4 reais, deve derrubar o Brasil no ranking das maiores economias do mundo, elevar a dívida externa das empresas em reais e pressionar os índices de inflação. A vantagem da desvalorização do real será a melhora no setor externo, com uma redução do déficit em transações correntes. Segundo ranking elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating, a escalada do dólar, associada ao baixo crescimento econômico, fará o Brasil perder a 8ª posição entre as maiores economias globais. O cálculo foi baseado em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), pesquisa Focus (18/09/15) e câmbio desta segunda-feira.

Pelo ranking, o Brasil deve começar 2016 na 9ª posição, atrás do Canadá, que também vive uma recessão econômica. O cenário é bem diferente daquele vivido pelo país no início da década, quando desbancou o Reino Unido e se tornou a 6ª maior economia do mundo. Na época, consultorias acreditavam que até 2025 o Brasil chegaria à 4ª posição. Mas o país seguiu caminho inverso e hoje ocupa a 8ª posição no ranking.

“A queda contínua no ranking mostra que o Brasil não consegue sustentar seu crescimento econômico. Para o investidor, isso representa incerteza de ter seu investimento de volta”, afirma o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini.

Endividamento – Mas esse não é o único efeito negativo da alta do dólar. Nos últimos anos, com o bom desempenho da economia e abundância de recursos no exterior, as companhias nacionais fizeram grandes captações no mercado internacional. De 2008 para cá, a dívida externa do país cresceu 65%, sendo a maior parte da iniciativa privada.

Continua após a publicidade

Levantamento da empresa de informações financeiras Economática com 109 companhias de capital aberto mostra que a dívida em moeda estrangeira das empresas aumentou em 53,9 bilhões de reais entre o fim de junho e ontem. O endividamento saltou de 190 bilhões para 243,9 bilhões de reais. Esse número não inclui a Petrobras. No caso da petroleira, a dívida sobe de 344,6 bilhões de reais para 442,3 bilhões de reais.

Outro efeito da alta da moeda americana será sentido na inflação. Mas, com a economia fraca, a tendência é de que esse repasse seja feito de uma forma mais diluída ao longo do tempo, afirma o economista da Tendências Consultoria Integrada, Silvio Campos Neto.

Leia mais:

Dólar ultrapassa barreira histórica dos R$ 4 já na abertura

Prévia da inflação no acumulado do ano é a maior desde 2003

Alívio – O lado positivo da alta da moeda americana deve ser observado no setor externo. A expectativa é de que o déficit em transações correntes diminua neste ano. A balança comercial, por exemplo, já apresenta recuperação, embora o desempenho seja mais resultado da queda das importações do que da melhora das exportações, que ainda vão levar algum tempo para registrar expansão nos volumes vendidos.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.