Citigroup descarta compra de filial brasileira do HSBC
Presidente do Citi para o Brasil, Hélio Magalhães, disse que grupo não pretende fazer grandes movimentos de compra ou venda no país no curto prazo
O Citigroup não pretende fazer movimentos importantes de compra ou venda no país no curto prazo, segundo o presidente do grupo para o Brasil, Hélio Magalhães. Em evento nesta quarta-feira, em São Paulo, ele descartou, inclusive, a hipótese de uma possível oferta pela unidade brasileira do HSBC, que está à venda. “Hoje não vejo uma aquisição”, disse.
Segundo Magalhães, o Citi já tomou as decisões importantes em termos de alienação de ativos no Brasil. “Não vamos reduzir o tamanho, nem mudar nossa estratégia”, disse. “Por ser um dos 10 principais mercados mundiais do grupo, o Brasil é prioridade”.
O banco britânico HSBC já admitiu que examina a possibilidade de vender suas atividades no Brasil, mas informou que até o momento não tomou uma decisão a respeito. “O HSBC confirma que está explorando diversas opções estratégicas para suas operações no Brasil, incluindo uma potencial venda”, afirmou em comunicado.
Com cerca de 168 bilhões de reais em ativos, o HSBC é o sétimo maior banco do país, de acordo com dados do Banco Central (BC). Mundialmente, o banco está envolvido em uma série de escândalos e tem apresentado fracos resultados financeiros. Só no ano passado, registrou prejuízo de 500 milhões de reais no Brasil.
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Potenciais compradores – Já o Santander Brasil avalia fazer uma oferta de compra da unidade do HSBC no país e teria condições de absorver uma operação desse porte, afirmou recentemente o presidente-executivo do banco espanhol no país, Jesus Zabalza. “Um banco com patrimônio de cerca de 4 bilhões de dólares para um nível de capital como o nosso é possível”, disse.
Na semana passada, o diretor de relações com investidores do Itaú Unibanco, Marcelo Kopel, confirmou que a instituição também está interessada em comprar o HSBC Brasil. O executivo não deu detalhes sobre valor do ativo e o que vai ser oferecido pela instituição financeira. “Estamos olhando não só essa operação, mas inúmeras no país e lá fora. Participamos do processo competitivo, mas pode acontecer que outros bancos sejam mais agressivos”, disse, durante uma reunião com analistas e investidores
(Com agência Reuters)