China promete controle de crédito para conter inflação
Em comunicado, banco central chinês afirma que explorará novas maneiras de gerenciar o excesso de liquidez
A China ainda enfrenta uma tarefa árdua para administrar o crédito e evitar riscos financeiros, apesar da força da economia do país, informou nesta segunda-feira o banco central. Em comunicado sobre a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central chinês), a instituição disse que o país vai controlar o crédito e a liquidez para combater as pressões inflacionárias e as bolhas de ativos. O banco acrescentou que planeja atingir um crescimento razoável e adequado do crédito e da base monetária.
Em comunicado, a vice-presidente Hu Xiaolian destacou que a China normalizou a política monetária e que o país irá explorar novas maneiras de gerenciar o excesso de liquidez, considerado um importante indutor da inflação na máxima em 28 meses. As declarações de Hu vieram dois dias após a China surpreender os investidores ao elevar o depósito compulsório bancário e a taxa básica de juro em 0,25 ponto percentual no dia de Natal. A taxa de empréstimo durante um ano subiu de 5,56% para 5,81%, enquanto a taxa de depósito por um ano avançou de 2,5% para 2,75%.
É a segunda elevação de juros em pouco mais de dois meses. “A implementação de uma política monetária prudente é útil para fortalecer o gerenciamento de expectativas de inflação e evitar bolhas de ativos”, disse Hu. A vice-presidente reiterou a determinação do BC para enxugar o excesso de capital do sistema financeiro ao usar todas as ferramentas disponíveis: juro, depósito compulsório bancário, operações de mercado aberto, entre outras.
(Com Agência Estado e Reuters)