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China abre zona experimental de livre-comércio de Xangai

Área servirá como teste para o país decidir se abrirá mais sua economia

Por Da Redação
29 set 2013, 14h35

A China deu neste domingo um passo histórico para a abertura ao mundo de seu sistema econômico e financeiro com o lançamento da zona experimental de livre-comércio de Xangai. Após uma cerimônia da qual participou o ministro de Comércio chinês, Gao Hucheng, e o secretário-geral do Partido Comunista da China (PCCh) em Xangai, Han Zheng, a nova zona começou a operar neste domingo com normas especiais distintas das do resto do país, pelo menos até 2016.

Durante esses três anos, o governo chinês testará reformas econômicas e um novo sistema de regulações que aumenta a abertura comercial. Segundo Dai Haibo, subdiretor do Comitê Administrativo da Zona Piloto de Livre-Comércio de Xangai, depois desses três anos, em meados de outubro de 2016, o governo chinês decidirá se continua com as medidas especiais na área.

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Xangai, que já é a capital financeira e comercial da China e conta com o porto mercante mais ativo do mundo, agora testará a liberdade cambial e taxas de juros bancários flutuantes de acordo com o mercado, e não a vontade do governo. Um primeiro grupo de 25 empresas chinesas e estrangeiras recebeu nesta manhã permissão oficial para se instalar na nova zona.

Os bancos estrangeiros poderão agora abrir filiais controladas completamente por eles dentro dos limites da zona franca, da mesma forma que as operadoras de telecomunicações, enquanto os mercados internacionais de matérias-primas, como a Bolsa de Metais de Londres, poderão ter ali seus próprios armazéns.

Esta ‘mini-Hong Kong’ nos arredores de Xangai, como chamou a própria imprensa local, será a primeira zona deste tipo em território continental chinês e competirá com outras zonas similares asiáticas, como a da ex-colônia britânica, a sul-coreana Busan e a própria Cingapura.

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Esse tipo de abertura seria impensável na década passada e só foi possível porque o novo governo está empenhado em promover reformas econômicas que considera importantes para garantir um crescimento econômico sustentável. O próprio primeiro-ministro, Li Keqiang, cujo Executivo tomou posse em março, arriscou todo seu capital político para tornar possível a nova zona, apesar da forte resistência que encontrou entre os próprios órgãos econômicos chineses.

Sua rápida criação – o anúncio oficial foi feito em julho e a aprovação pelo governo em agosto – foi possível porque já havia instalações logísticas no local e também porque é um projeto defendido como pelo novo governo chinês como necessário.

Li Keqiang parece querer demonstrar com Xangai como seu plano econômico pode salvar a China de uma aterrissagem forçada, após três décadas de rápido crescimento contínuo. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês está sofrendo com a desaceleração das exportações, motivo pelo qual Pequim quer evoluir rumo a uma economia mais orientada aos serviços e mais movida pelo consumo, enquanto tenta fazer que o iuane, hoje a nona divisa mais usada do planeta, chegue ao patamar do euro e do dólar.

(com agência EFE)

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