China critica ideia de ‘breve default’ na dívida dos EUA

Popularmente conhecido como calote, a prática começou a ser discutida por um grupo de parlamentares republicanos

Por Da Redação
8 jun 2011, 15h57

Li Daokui, consultor do Banco do Povo da China (Nelson Ching/Bloomberg/Getty Images/VEJA)

O governo chinês quer dissuadir os Estados Unidos da ideia de uma moratória temporária

Os Estados Unidos vão “brincar com fogo” se optarem por declarar um breve ‘default’ (moratória) de sua dívida, afirmou Li Daokui, consultor do Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) nesta quarta-feira. Um grupo de parlamentares republicanos têm defendido nos EUA a ideia de uma moratória temporária – ou seja, um default técnico que adiaria o pagamento de juros por alguns dias. Em outras palavras, os parlamentares avaliam um calote.

Segundo Li, o governo chinês precisa dissuadir os EUA desta ideia. A autoridade afirmou, no entanto, que o país ainda vai manter seus investimentos em títulos da dívida do governo norte-americano mesmo se isso ocorrer. A China é o maior comprador de títulos dos EUA.

FMI – O ministro de Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, afirmou, depois de se reunir com a ministra das Finanças da França e principal candidata à diretoria do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, que a corrida para assumir o comando da instituição estava “aberta”.

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“Nós tivemos uma boa conversa. Ela explicou o propósito de sua candidatura. Eu ouvi com muita atenção”, afirmou Yang. A reunião foi realizada em um complexo do governo chinês em Pequim, onde as autoridades estrangeiras são frequentemente hospedadas. A ministra francesa chegou a Pequim nesta quarta-feira para uma série de reuniões com autoridades do país. O objetivo é persuadi-las a apoiar sua candidatura ao comando do FMI.

Na terça-feira, Lagarde se encontrou com líderes indianos em Nova Delhi, que não revelaram publicamente se irão ou não apoiá-la. O ministro das Finanças da Índia, Pranab Mukherjee, disse que a escolha do diretor do FMI deverá ser baseada no “mérito” e na “competência”.

(com Agência Estado)