CCR prevê recuperar investimento em Confins em até 8 anos
Companhia arrematou aeroporto mineiro por R$ 1,82 bilhão, ágio de 66%, em leilão na última sexta-feira
O diretor da área de aeroportos da CCR, Ricardo Castanheira, disse nesta segunda-feira que a concessionária espera obter um retorno (payback) do investimento feito no Aeroporto de Confins (MG) em até oito anos. “Estamos muito satisfeitos com a aquisição”, afirmou ele.
A CCR liderou um consórcio de operadoras aeroportuárias de Zurique, na Suíça, e Munique, na Alemanha, que venceu a concessão de Confins na semana passada ao ofertar 1,82 bilhão de reais, com ágio de 66%. “Foi um ágio justo”, afirmou, antes de participar de evento com o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, na capital paulista. O período de concessão é de 30 anos.
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Castanheira disse que, como o Aeroporto de Confins já opera e obtém receita, a ideia é incrementar os ganhos ainda no curto prazo. Um dos planos é atrair mais voos diretos ao exterior, sem a necessidade de passar por Rio ou São Paulo.
Ele afirmou que a empresa viu Confins como oportunidade tendo em vista que a “estrela” do leilão da semana passada era o Aeroporto do Galeão (RJ), arrematado por 19,018 bilhões de reais pelo consórcio liderado pela Odebrecht, com um ágio de 294%.
Apesar de ver boas perspectivas de rentabilidade para o negócio, Castanheira ponderou que o plano de investimento previsto é alto. Ele lembrou que a concessionária do Galeão terá de desembolsar cerca de 5 bilhões de reais, enquanto para Confins, um terminal bem menor, o investimento exigido é de 3,5 bilhões de reais ao longo do prazo de concessão.
(com Estadão Conteúdo)