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Caixa deve reduzir em 20% crédito para casa própria

Fuga de recursos da poupança frustrou previsões do banco, que agora espera destinar R$ 103,8 bilhões para o financiamento de imóveis em 2015

Por Da Redação
21 Maio 2015, 11h46

A Caixa Econômica Federal deve reduzir em 25 bilhões de reais o valor destinado ao financiamento de imóveis em 2015, para 103,8 bilhões de reais. O valor representa uma queda de 20% sobre o que foi desembolsado no ano passado. Se confirmada a expectativa, será o segundo ano consecutivo de recuo e o mais acentuado desde o início do ciclo de expansão dos financiamentos imobiliários, em 2002. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira.

A previsão inicial do banco era repetir os 129 bilhões de reais de 2014, mas a expectativa foi frustrada após a forte saída de recursos da poupança. De janeiro a abril, a caderneta “perdeu” 29,2 bilhões de reais, segundo dados do Banco Central (BC). Para o fim do ano, a expectativa do setor é que a poupança perca 50 bilhões de reais em depósitos neste ano, o que deve afetar os financiamentos.

Em meio a limitações da poupança, a Caixa priorizou imóveis novos em detrimento de usados, para desovar o estoque de construtoras. Desde abril, o banco só financia até 50% do valor desses imóveis, ante uma taxa anterior de 80%. O banco tem sido mais seletivo na aprovação de crédito e vem priorizando imóveis de menos de 400 mil reais.

Para ajudar a reverter a situação, bancos e construtoras querem que o BC libere ao menos parte do depósito compulsório da poupança, de 120 bilhões de reais. O órgão, no entanto, é contra a proposta.

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FGTS – A falta de recursos para financiamentos à casa própria motivou outra proposta que também será analisada pelo conselho curador do FGTS. Em vez de socorrer o BNDES, a Confederação Nacional dos Serviços (CNS) pede que se retire cerca de 13 bilhões de reais do FI-FGTS e se use os recursos no crédito imobiliário.

Para garantir os recursos, a CNS propõe revogar a autorização de repasse de 5 bilhões de reais ao FI-FGTS e resgatar 7,77 bilhões de reais que estão “parados” no fundo, em títulos públicos. A entidade argumenta que, mesmo com esse saldo, os investimentos do fundo em 2014 registraram o menor resultado dos últimos três anos.

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A proposta da CNS, no entanto, não tem apoio do governo, que deve orientar sua bancada – 12 dos 24 membros – a votar contrária ao pedido. O interesse do governo é que seja aprovada uma proposta de repasse de R$ 10 bilhões do FI-FGTS ao BNDES. Mas a proposta da confederação inviabilizaria essa operação.

Para “salvar” os financiamentos imobiliários, o governo apoia a ampliação do limite de financiamentos dos imóveis com recursos do FGTS de 190 mil reais para 300 mil reais nos grandes centros urbanos. A decisão também deve ser tomada nesta reunião.

(Da redação)

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