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Caça sueco escolhido pela FAB deve usar turbinas da Boeing

Gripen é apenas 50% sueco — o restante de suas peças vem dos Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido

Por Ana Clara Costa e Gabriel Castro, de Brasília
18 dez 2013, 18h15

O governo brasileiro afirmou, nesta quarta-feira, que a transferência de tecnologia e o preço foram fatores preponderantes para a escolha do caça Gripen, da sueca Saab, para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB). Contudo, boa parte o equipamento virá de outros países, sobretudo Estados Unidos. Segundo reportagem do jornal sueco Svenska Dagbladet, apenas 50% dos componentes da aeronave são fabricados na Suécia. A contribuição mais relevante é da americana General Electric, que produz o motor da aeronave (o F414) – que é responsável por 20% de seu custo. O equipamento também é usado pelo Super Hornet, da Boeing (empresa dispensada pelo governo devido ao escândalo da espionagem americana).

O Gripen, até o momento, é um projeto. O caça está em desenvolvimento e suas primeiras encomendas ao governo sueco deverão ser entregues em 2018. Este também é o prazo prometido para as primeiras entregas no Brasil. Cerca de 1500 pessoas trabalham nas plantas de Linköping, Järfälla, Jönköping, Göteborg, Arboga e Trollhättan, para desenvolver a aeronave, que foi encomendada também pela Suíça.

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Segundo o ministro da Defesa Celso Amorim, que anunciou a escolha do Gripen nesta quarta-feira, haverá transferência de tecnologia de cerca de 80% do caça. Mais tarde, o Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, detalhou que esse porcentual se refere especificamente à estrutura do Gripen, e não ao às peças que integram a aeronave. “Não necessariamente serão fabricadas todas as peças no Brasil. Ninguém faz isso”, afirmou Amorim, ao ser questionado sobre a transferência de tecnologia.

O ministro disse ainda que o mais importante é produzir “a tecnologia mais específica no Brasil”, sem detalhar o que pode ser considerado específico. Questionado sobre o motor da GE, Amorim afirmou que não haverá problemas em comprar peças de defesa dos Estados Unidos. “A turbina não é tão sensível em matéria de conhecimento quanto outras partes do avião. E nós temos uma relação muito boa com os EUA. Temos contato diário para aquisição de peças. Não há nenhum temor”, disse o ministro.

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O ministro reiterou que é uma decisão estratégica não colocar “todos os ovos na mesma cesta”, já que o Brasil já possui outras parcerias na área da Defesa com a França e com os Estados Unidos.

Questionada sobre seu envolvimento numa possível negociação de turbinas para o Gripen brasileiro, a Boeing afirmou que não iria comentar. Apenas disse, por meio de comunicado, que “embora decepcionante, a decisão, de forma alguma, diminui o comprometimento da empresa em expandir sua presença, ampliar suas parcerias e apoiar as necessidades do Brasil em termos de segurança”.

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