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BRF quer dissociar marcas Sadia e Perdigão

Foco da Sadia será o mercado internacional, porções menores e prontas para consumo. Perdigão, por sua vez, terá maior atuação nacional, com produtos mais baratos, maiores e embalagens econômicas

Por Da Redação
7 out 2014, 17h04

A BRF pretende aumentar suas receitas com produtos processados através da dissociação das marcas Sadia e Perdigão, afirmou nesta terça-feira o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da companhia, Fernando Erne. Os alimentos processados representam cerca de 50% das vendas da BRF.

Segundo Erne, as marcas, que são os dois principais nomes no segmento de alimentos industrializados, ainda possuem a mesma percepção diante do mercado consumidor. “Precisamos dissociar as duas marcas para maximizar as oportunidades de ganhos, atendendo às diferentes demandas do mercado”, disse o executivo.

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Dentro dessa estratégia, Erne explica que a marca Sadia deve passar a seguir tendências globais de consumo, com um foco muito grande em praticidade. Segundo ele, o desenvolvimento dos produtos deve seguir a linha de porções menores e prontas para o consumo. “A BRF elegeu a Sadia como a marca para sua estratégia de expansão em mercados internacionais”, explicou o executivo, citando os mercados do Oriente Médio e de outros países da América do Sul como foco no exterior.

Já a Perdigão deve buscar uma proximidade maior com o consumidor brasileiro. “O foco da marca é mais na alimentação familiar, com porções maiores e embalagens econômicas, por exemplo. Vamos tentar crescer com a classe média emergente no Brasil”, disse, apostando em crescimento da marca mesmo com a desaceleração do consumo interno.

Segundo ele, o foco nas duas principais marcas já possibilitou um crescimento de 107% no faturamento, enquanto o número de projetos registrou uma redução de 63%.

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No entanto, o executivo descartou que a estratégia associe a marca Sadia à parcela da população de renda mais elevada, enquanto os produtos da Perdigão estariam atrelados ao consumo das classes de renda mais baixas. “A separação segue mais a necessidade dos diferentes consumidores e não uma tendência de classes”, disse. Ele, porém, reconheceu que a partir do processo de dissociação, os preços dos produtos Sadia tendem a ficar mais caros em comparação com o portfólio da Perdigão.

Concorrência – Erne avaliou ainda que crescimento da Seara, marca de processados da JBS Foods, é “inegável”, mas considerou que a concorrência serve como um estímulo para as novas iniciativas da companhia. “Concorrência nós sempre estivemos acostumados a ter, afinal Perdigão e Sadia concorriam entre si (antes da fusão que deu origem à BRF). O crescimento de outras marcas impede que nós fiquemos estagnados e estimula ainda mais o nosso desenvolvimento”, afirmou o executivo, que participou nesta terça-feira do 16º Congresso Brasileiro de Embalagens promovido pela Associação Brasileira de Embalagens (Abre), em São Paulo.

(Com Estadão Conteúdo)

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