Brasil tem pior geração de empregos para março em 15 anos
Segundo dados do Caged, divulgados nesta quinta-feira, foram abertas 13 mil vagas de trabalho no mês
O Brasil registrou a abertura de 13.117 vagas formais de trabalho em março, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira. Trata-se do pior resultado para meses de março desde 1999.
Pesquisa da agência Reuters feita com analistas de mercado mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 68 mil vagas no período. Em fevereiro, foram criados 260,8 mil postos com carteira assinada, nos dados sem ajuste sazonal.
No mês passado, o comércio registrou demissão líquida (contratações menos dispensa) de 26.251 trabalhadores, enquanto a agricultura dispensou outros 5.314 trabalhadores e a construção civil fechou 2.231 vagas. Na outra ponta, os setores da indústria da transformação e de serviços mostraram contratações líquidas, de 5.484 e 37.453 no mês passado.
No acumulado do primeiro trimestre deste ano, o mercado formal de trabalho contratou 344.984 trabalhadores a mais que demitiu.
Expectativa – Sem exibir grande número de contratações como nos anos anteriores, o mercado de trabalho ainda se mantém como uma das âncoras do governo da presidente Dilma Rousseff, mas com a economia fraca começa a dar sinais de esgotamento. Mesmo com o resultado ruim de março, o governo ainda mantém a estimativa de que serão criadas 1,5 milhão de vagas formais neste ano.
“Em abril e maio devem começar as contratações com a Copa do Mundo. Está mantida nossa projeção (para o ano)”, afirmou o ministro do Trabalho, Manuel Dias, acrescentando que a previsão é de que, com o torneio, serão criadas 175 mil vagas temporárias.
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Nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que apontou taxa de 5% de desemprego em março. No mês anterior, o índice registrou 5,1%. Este é o menor nível para meses de março desde o início da série histórica, em 2002.
De acordo com o instituto, o contingente de desocupados manteve-se estável em 1,2 milhão de pessoas ante fevereiro. O número de pessoas ocupadas nas seis localidades pesquisadas (22,9 milhões) também não sofreu alterações relevantes.
(com agência Reuters)