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Brasil lidera queda nas exportações entre as 30 maiores economias do mundo

Levantamento feito pela OMC mostra que Mercosul não está na lista de prioridades da UE; órgão reduz projeção de comércio global

Por Da Redação
14 abr 2015, 14h43

O Brasil teve em 2014 a maior queda nas exportações entre as 30 principais economias do mundo, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O país caiu no ranking dos maiores vendedores do mundo e perdeu participação no comércio internacional.

Ao final de 2014, o Brasil caiu de 22º maior exportador do mundo para 25º, superado por Tailândia, Suíça e Malásia. Sua fatia do comércio internacional e vendas caiu de 1,3% (242 bilhões de dólares) para 1,2% (225 bilhões de dólares). Entre as 30 maiores economias do mundo, o Brasil apresenta a maior retração nas exportações, com queda de 7%, enquanto a média mundial foi uma pequena expansão de 1%.

A OMC alerta ainda que a situação da balança exportadora país continuará a retrair em 2015 e 2016. “O Brasil, assim como outros países sul-americanos e de outras regiões, sofreu com a queda nos preços de commodities em 2014 e vemos que esse fenômeno pode continuar a afetar no futuro próximo”, alertou Roberto Azevedo, diretor-geral da OMC.

Para 2015 e 2016, a previsão é de que as economias sul-americanas terão o pior desempenho do mundo, com aumento de apenas 0,2% neste ano e de 1,6% no ano que vem. O Brasil será o grande responsável pelo desempenho pior.

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OMC – O comércio global de bens crescerá 3,3% neste ano e 4,0% em 2016, menos do que projetado anteriormente, devido principalmente ao fraco crescimento econômico, estimou nesta terça-feira a OMC. “Projetamos que o comércio continuará com sua lenta recuperação, mas com o crescimento econômico ainda frágil e contínuas tensões geopolíticas, essa tendência pode facilmente ser afetada”, disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo. O economista-chefe da OMC, Robert Koopman, disse que viu os novos números do Fundo Monetário Internacional (FMI) e eles ficarão “na mesma faixa” e não afetarão a projeção da OMC.

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Embora as novas projeções ainda indiquem um crescimento modesto no comércio mundial, elas acompanham repetidas revisões para baixo nas previsões sobre comércio, em meio a uma piora do cenário econômico. O comércio cresceu 2,8% em 2014, muito abaixo da projeção original de 4,7% e também menos que a projeção revisada de 3,1% que a OMC divulgou em setembro. O crescimento ficou em média em 2,4% durante cada um dos últimos três anos, ante uma média anual de 6,0% entre 1990 e a crise financeira global que começou em 2007-2008.

Mercosul – No âmbito regional, uma informação ruim para o país é a de que o Mercosul não está na lista de prioridades da União Europeia (UE). Documentos revelam que as negociações para a criação de uma área de livre-comércio entre os dois blocos não aparecem sequer na lista de temas comerciais mais importantes para o primeiro semestre deste ano. Bloqueadas desde 2004, as negociações foram lançadas com a meta de criar o que seria, na época, a maior área de livre-comércio do mundo. Hoje, a Europa concentra seus esforços na relação com Estados Unidos e Ásia.

Em 2014, tentou-se relançar o processo e o Mercosul apresentou uma oferta conjunta do quanto está disposto a abrir seu mercado. Mas, por enquanto, não existe uma resposta do bloco europeu. Durante uma visita em fevereiro do ministro de Relações Exteriores da Alemanha, Frank Walter Steinmeier, o assunto foi alvo de conversas com a presidente Dilma Rousseff. “A proposta brasileira está em Bruxelas. Nós vamos fazer o possível para que o processo seja acelerado”, prometeu Steinmeier.

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(Com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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