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Brasil lança pacote de incentivo à indústria e promete defendê-la

Por Por Yana Marull
3 abr 2012, 16h46

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, lançou nesta terça-feira um pacote de medidas impositivas de compras públicas e facilidades financeiras para impulsionar e defender a indústria nacional, que tem perdido competitividade ante a crise externa e a valorização do real.

“O governo não abandonará a indústria brasileira”, afirmou Dilma ao apresentar o pacote que reduz as contribuições patronais sobre salários para 15 grandes setores.

Dilma estabeleceu incentivos fiscais e mais financiamento a industriais e exportadores e prevê medidas contra a competitividade desleal de importações.

“Não hesitaremos em fazer todo o necessário para defender nossos empregos, a indústria e o crescimento” econômico, disse a presidente, ao anunciar que seu governo lutará “contra a competitividade predatória e desleal, contra o dumping, as práticas protecionistas ilegítimas”.

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“O governo está lançando estas novas medidas para fortalecer a economia brasileira e para responder aos problemas criados pela crise da economia internacional”, explicou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao detalhar um pacote que complementa o plano “Brasil Maior” lançado em agosto.

O governo anunciou exonerações e diminuição de impostos para exportadores e uma redução de até 20% das contribuições patronais sobre salários, por um valor estimado de 7,200 bilhões de reais por ano (3,9 bilhões de dólares), assim como mais impostos às importações.

Também foi detalhado um plano de compras governamentais que favorecerá a aquisição de produtos nacionais até 25% mais caros que os importados, em setores como máquinas de construção e medicamentos.

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um novo plano de estímulo para a gigantesca indústria automotiva, assim como milionários programas de aquisição de computadores para escolas e a ampliação de acesso à banda larga no país.

Com isso, o governo prevê aumentar o financiamento à indústria e à exportação e não descarta novas medidas para evitar que o real continue se valorizando com relação ao dólar – o que prejudica a competitividade da indústria – e medidas de defesa comercial para evitar a competitividade desleal das importações.

“Não é protecionismo”, afirmou Mantega em sua apresentação. “O governo está lançando estas novas medidas para fortalecer a economia brasileira e para responder aos problemas criados pela crise da economia internacional”, explicou Mantega na presença da presidente Dilma Rousseff e de grandes industriais e chefes sindicais do país.

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As medidas complementam o “Plano Brasil Maior”, o pacote de incentivo à indústria lançado em agosto.

Está prevista ainda uma capitalização do Banco de desenvolvimento, o BNDES, de 45 bilhões de reais (25 bilhões de dólares) para assegurar a capacidade de financiamento à indústria e os exportadores.

“São medidas positivas e na direção correta”, disse à AFP o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga.

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Contudo, para o presidente dos industriais de São Paulo, Paulo Skaff, elas não resolvem a falta de competitividade da indústria.

“Essas medidas apenas reduzirão a febre de 40 graus da indústria para 38,9 graus. Precisamos de medidas efetivas de redução desses custos, falta corrigir a defasagem do câmbio” que, com um real valorizado, torna menos competitiva a produção brasileira e estimula as importações.

“São medidas tímidas e insuficientes”, afirmou por sua vez à AFP o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, ao considerar que “não abordam o principal, como as altas taxas de juros” do Brasil, que estão entre as mais altas do mundo apesar das várias baixas recentes.

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A produção industrial do Brasil cresceu 0,3% em 2011, contra uma expansão de 10,5% um ano antes, um resultado influenciado pela crise externa, pela apreciação do real e pelo aumento das importações.

A economia brasileira avançou apenas 2,7% em 2011, contra 7,5% em 2010.

“Em 2012 podemos crescer 4,5%, se nos esquivarmos dos problemas”, disse Mantega.

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