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Brasil fecha 158 mil vagas em julho — pior resultado para o mês desde 1992

No acumulado do ano, foram fechados 494.386 postos com carteira assinada, também o pior resultado para desde o início da série histórica, aponta Caged

Por Da Redação
Atualizado em 10 dez 2018, 11h19 - Publicado em 21 ago 2015, 16h28

O Brasil fechou 157.905 vagas formais de trabalho em julho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta sexta-feira. Trata-se do pior número para o mês desde o início da série histórica, em 1992. O número veio maior do que a média das expectativas dos analistas, de fechamento de 112 mil empregos. Em junho, haviam sido encerrados 111.199 postos com carteira assinada, na série sem ajustes.

A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas em julho. No mês passado, o saldo do setor ficou negativo em 64.312 postos. O número é resultado de 216.294 admissões e 280.561 desligamentos no período e representa o pior dado para o mês da série histórica.

O setor de serviços foi o segundo que mais fechou vagas no mês passado, com saldo negativo de 58.010, seguido do comércio, com menos 34.545 vagas, e da construção civil, que fechou 21.996 postos formais de trabalho. A administração pública fechou o mês com menos 2.001 vagas.

O resultado de 157.905 vagas fechadas no país só não foi pior, porque a agricultura registrou um saldo positivo de 24.465 novas vagas. O setor extrativo mineral apresentou relativa estabilidade, com menos 795 postos em julho.

Por região, os destaque negativos foram São Paulo (-38.109 postos), Rio de Janeiro (-19.457 postos), Rio Grande do Sul (-17.818 postos) e Minas Gerais (-16.712 postos). Já os estados que apresentaram aumento no emprego foram: Pará (+2.634 postos), Maranhão (+2.121 postos) e Mato Grosso (+770 postos).

Com o resultado de julho, o número de trabalhadores com carteira assinada no Brasil também recuou. No fim de julho de 2014, 41,49 milhões de pessoas tinham emprego formal no país, contra 40,71 milhões no mês passado.

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No acumulado do ano, foram fechados 494.386 postos com carteira assinada, também o pior resultado para o período da série histórica, que, neste caso, começa em 2002.

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, antecipou nesta sexta que o resultado de julho seria negativo, mas não divulgou números. Segundo o ministro, o governo espera retomar a criação de vagas no fim do ano.

No mês passado, a taxa de desemprego no Brasil saltou para 7,5% em julho, maior nível em mais de 5 anos, em consequência do aumento de quase 10% da população desocupada, informou nesta quinta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A deterioração do mercado de trabalho ocorre num cenário de retração econômica, inflação e juros altos, e queda da renda das famílias. No início da semana, o governo anunciou um pacote de estímulo à indústria automobilística, por meio da oferta de crédito mais barato, proveniente de bancos públicos. Empresas só poderão se beneficiar da medida se não demitirem.

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