Brasil fecha 104,5 mil vagas de trabalho em fevereiro

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, resultado é o pior para o mês desde 1992

Por Da Redação
22 mar 2016, 15h31

Nas áreas metropolitanas, ocorreu queda de 0,36% no nível de emprego, um total de 57.780 postos de trabalho (Reinaldo Canato/VEJA)

O Brasil fechou 104.582 vagas formais de trabalho em fevereiro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira. Esse é o pior resultado para esse mês desde o início da série histórica, em 1992.

O saldo foi de 1.276.620 admissões e 1.381.202 desligamentos. O desempenho foi bem pior que o esperado por analistas. Pesquisa da agência Reuters com economistas apontava expectativa de perda líquida de 41.000 empregos no mês.

As regiões com desempenho negativo foram o Nordeste, que demitiu 58.349 trabalhadores, o Sudeste, com 51.871 demissões, e o Norte, com 7.834 desligamentos. Nas áreas metropolitanas, a queda no nível de emprego foi de 0,36%, que corresponde a 57.780 postos de trabalho. O declínio ocorreu com a retração de sete das nove regiões metropolitanas. São Paulo (20.296 vagas), Rio de Janeiro (15.388) e Recife (7.414) foram as que mais registraram demissões.

O comércio teve uma perda de 55.520 postos, sendo o principal setor responsável pelo desempenho negativo do mês. Na sequência apareceram indústria de transformação (-26.187 postos, ou -0,34%) e construção civil (-17.152, ou -0,65%). Nesse último setor, a queda foi menor que a do mesmo período do ano anterior, quando foram perdidos 25.823 postos de trabalho no mês. No setor de serviços houve uma perda de 9.189 postos e, no agropecuário, de 3.661 vagas.

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(Com agência Reuters)