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Brasil deve comprar baterias antiaéreas da Rússia por US$ 1 bilhão

Segundo o Ministério da Defesa, contrato deve ser assinado até meados de 2014

Por Da Redação
17 out 2013, 12h51

O Brasil deve adquirir baterias antiaéreas da Rússia por 1 bilhão de dólares como parte de um acordo de parceria estratégica na área de defesa entre os dois países integrantes dos Brics – grupo que também tem China, Índia e África do Sul -, informou o Ministério da Defesa na quarta-feira. Autoridades do governo brasileiro disseram esperar assinar o contrato até meados de 2014 para a aquisição de mísseis terra-ar de pequeno e médio alcance Pantsir S1 e Igla-S.

Em dezembro, o país comprou doze helicópteros de ataque Mi-35, conhecidos como “tanque aéreo”, na primeira aquisição de equipamentos militares junto à Rússia. Tradicionalmente, o Brasil adquiria esses equipamentos dos Estados Unidos e de países da Europa.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, está visitando o Brasil e o Peru para promover a venda de armamentos russos e também ofereceu às autoridades brasileiras o desenvolvimento conjunto de um caça de combate de quinta geração.

A Força Aérea Brasileira tenta há uma década comprar 36 caças de quarta geração para substituir sua obsoleta frota, mas o modelo russo Sukhoi Su-35 não está atualmente disputando um contrato de mais de 4 bilhões de dólares.

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Caças – O processo de seleção está em andamento e não será reaberto, disse o ministro da Defesa, Celso Amorim, após se reunir com seu colega russo. O ministro disse esperar que a presidente Dilma Rousseff decida “em breve” entre o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing; o Rafale, da francesa Dassault, e o Gripen NG, da sueca Saab. Amorim disse a jornalistas que o Brasil está interessado em discutir o desenvolvimento de um caça com novos parceiros.

“É uma visita muita substanciosa, porque nós discutimos muito em vários aspectos como concretizar a parceria estratégica acertada por nossos presidentes”, disse o ministro.

“Não é apenas uma visita para comprar isso ou aquilo, ou vender isso ou aquilo, mas também é uma cooperação voltada por uma visão estratégica a cooperação entre eles oferece uma alternativa para outras hipóteses de cooperação que nós desejamos manter, mas que têm que ser contrabalançadas.”

Amorim negou que o ministro russo tenha oferecido o caça Su-35 para substituir os Mirage usados atualmente pela FAB. “Nós falamos de um modo geral da aviação de combate, e com relação aos aviões de quarta geração, existe um processo em andamento que nós esperamos que seja finalizado em breve. Agora, nós estamos, sim, muito interessados em ouvir e discutir projetos que digam respeito a uma quinta geração de aviões com parceiros novos. Vamos discutir. Vamos ver se é possível.”

O Brasil está exigindo da Rússia a transferência de tecnologia para a construção das baterias antiaéreas por empresas brasileiras de defesa sem restrições. A cooperação na área de defesa entre as duas nações integrantes dos Brics inclui a criação de grupos de trabalho nas áreas de defesa cibernética e defesa espacial.

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Espionagem – A defesa cibernética se tornou uma prioridade brasileira desde a divulgação de que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) espionou cidadãos brasileiros, comunicações pessoais de Dilma e a Petrobras. A compra da bateria antiaérea é parte dos esforços brasileiros de aprimorar a defesa do espaço aéreo do país antes de o Brasil sediar grandes eventos esportivos nos próximos anos.

Os mísseis russos não chegarão a tempo da Copa do Mundo de 2014, mas estarão a postos para a Olimpíada de 2016, que será realizada no Rio de Janeiro, informou o Ministério da Defesa.

(com agência Reuters)

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