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Brasil cai 18 posições em apenas um ano em ranking de competitividade

Relatório elaborado pelo Fórum Econômico Mundial mostra que indicadores do país se deterioraram em praticamente todos os pilares que sustentam a produtividade

Por Ana Clara Costa
29 set 2015, 19h00

O Brasil perdeu dezoito posições no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial em apenas um ano. O Relatório de Competitividade Global divulgado nesta terça-feira avalia os principais pilares das economias mundiais, como estabilidade macroeconômica, educação e solidez das instituições públicas, e os traduz num índice. Segundo o Fórum, o indicador do Brasil recuou de 4,3 para 4,1. Com isso, o país passou da 57ª posição entre os mais competitivos, em 2014, para a 75ª em 2015. Em 2011, no primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff, o Brasil ostentava a 53ª posição no ranking, que avalia anualmente o desempenho de 140 países.

O ranking reflete a piora do desempenho do país não apenas devido à crise econômica, que já penaliza o emprego, mas também ao recuo de indicadores que vinham em trajetória de avanço, como educação e saúde. O tombo brasileiro contrasta com o desempenho de países da América Latina, Ásia e Europa, que também estão sujeitos às turbulências externas, mas avançam ano a ano em competitividade, como é o caso do Chile, do Peru, da Colômbia, da Espanha e da própria China.

Segundo o levantamento, dos doze quesitos avaliados para compor o indicador, o Brasil piorou em nove: Educação Superior é um dos maiores tombos, ao passar da 41ª posição para 93ª; e Saúde e Educação Primária, saindo de 77ª para 103ª. No quesito Ambiente Macroeconômico, o país despencou mais de trinta posições em apenas um ano, da 85ª para a 117ª. Apesar do avanço da Operação Lava Jato, que apura desvios de recursos em órgãos do governo e estatais, por meio de partidos políticos, o Fórum aponta que a perda de confiança nas instituições é visível e causou deterioração ainda maior na classificação do país, fazendo com que houvesse queda de 27 posições em apenas um ano: agora, o Brasil é o 121º de 140 países no quesito confiança das instituições.

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Entre os três únicos pontos de avanço, o Brasil ganhou duas posições no pilar de infraestrutura, avançando ao 74º lugar, enquanto no quesito preparo tecnológico, a alta foi de quatro degraus, para o 54º. O quesito Mercado Interno também subiu, da 9ª para a 7ª posição.

O relatório aponta que a queda dos preços das commodities e a desaceleração da China impactaram os resultados do ranking para praticamente todos os países do globo, mas ressalta que, em alguns países da América Latina, notadamente o Brasil, os efeitos se mostram mais graves devido à gestão insuficiente dos problemas internos. “Uma maior capacidade de fortalecimento contra futuros choques na região exigirão reformas estruturais e investimentos em infraestrutura, capacitação e educação”, informa o relatório. O Chile continua a liderar os países do continente, ocupando a 35ª posição no ranking mundial, à frente de Panamá e Costa Rica.

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Já na Ásia, curiosamente, a mudança na economia chinesa não trouxe tantos reveses no aspecto econômico: Cingapura, Japão e Hong Kong permanecem no top 10 das economias mais competitivas, enquanto a China também se mantém em 28º lugar. As três economias mais competitivas do mundo continuam sendo Suíça, Cingapura e Estados Unidos, como no ano passado.

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