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Brasil cai 14 posições no ranking global de comércio eletrônico

País só não teve um desempenho pior do que a vizinha Argentina, que está em recessão, e caiu 18 posições. Apesar da crise, setor deve crescer neste ano, diz analista

Por Da Redação
7 abr 2015, 09h41

Afetado pela estagnação da economia em 2014 e pela perspectiva de recessão neste ano, o Brasil despencou no ranking global do varejo on-line. Entre 2014 e 2015, o país perdeu 14 posições, saindo do 7º para o 21º lugar numa lista dos 30 principais países com maior atratividade no comércio eletrônico, segundo a consultoria A.T. Kearney, responsável pelo Índice de E-Commerce de Varejo Global 2015. O tombo do Brasil nesse ranking só foi superado pelo da Argentina, que já está em recessão, caiu 18 posições e agora é o penúltimo país da lista, à frente apenas da Irlanda.

“Não esperávamos uma queda tão forte”, afirma a sócia da consultoria para área de bens de consumo e varejo, Priscilla Seki. Ela observa que a retração do Brasil foi muito influenciada pela conjuntura econômica. Para o cálculo do indicador que considera 9 variáveis, agrupadas em tamanho do mercado on-line, comportamento de compra do consumidor, potencial de crescimento e infraestrutura, a expectativa da consultoria é de retração de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.

Apesar do tombo por questões conjunturais, Priscilla pondera que o país é mercado importante para o comércio on-line. Em 2014 o varejo on-line brasileiro movimentou 13 bilhões de dólares (39 bilhões de reais) e cresceu 18%. Isso fez do Brasil o 9º maior mercado em vendas entre 98 países analisados pela consultoria. Ela destaca que o brasileiro é muito conectado, com 106 milhões de usuários de internet e 60 milhões de consumidores on-line.

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Para Gerson Rolim, diretor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o varejo on-line brasileiro deve crescer 20% este ano, apesar da crise. É que em períodos de enfraquecimento da economia, como foi em 2009, o setor avança porque as pessoas pesquisam preços antes de comprar e essa prática é mais fácil no comércio on-line. O executivo pondera também que, como o ranking é feito a partir do faturamento em dólar, com a desvalorização do real, o mercado brasileiro encolheu em moeda estrangeira. De acordo com a consultoria, o tamanho do mercado pesa 40% no cálculo do indicador. Quanto às deficiências em infraestrutura, elas também são consideradas no índice, mas Priscilla diz que influenciou pouco no resultado porque o mercado está concentrado no Sudeste do país, a região dotada de melhor infraestrutura.

Topo – Neste ano, os Estados Unidos retomaram a liderança do ranking do varejo on-line, posto que era ocupado pela China desde a crise de 2009. Priscilla observa que os EUA se destacaram devido ao crescimento da economia do país e à maior confiança do consumidor. No ano passado, o comércio on-line americano cresceu 15%. A sócia da consultoria atribui uma parcela da queda do Brasil no ranking à evolução positiva das economias desenvolvidas, como os EUA e países europeus que até pouco tempo atrás estava debilitados pela crise e agora começam a avançar. Países asiáticos, como Japão, Coreia do Sul também perderam posições no ranking global deste ano e o motivo para o recuo, além do avanço de outras economias desenvolvidas, é uma certa saturação desses mercados. No ano passado, as vendas globais on-line atingiram 800 bilhões de dólares e cresceram 20%.

(Com Estadão Conteúdo)

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