A BM&FBovespa registrou a maior alta em mais de três anos nesta sexta-feira, garantindo o melhor desempenho semanal em mais de cinco anos. O Ibovespa, principal índice, acelerou os ganhos após o ex-secretário do Tesouro Nacional Joaquim Levy ser apontado pela imprensa como novo ministro da Fazenda e Nelson Barbosa como ministro do Planejamento. O pregão já vinha embalado desde a abertura pela expectativa do anúncio da equipe econômica, que, segundo o Palácio do Planalto, não acontecerá mais nesta sexta-feira, como previsto.

Assim, a bolsa brasileira disparou 5,02%, e terminou aos 56.084 pontos. Na máxima, atingiu 56.214 pontos (+5,26%). Na semana, acumulou elevação de 8,33%, mais do que apagando a perda de 2,72% acumulada até sexta-feira passada. No mês, o índice registra alta de 2,67% e, no ano, ganho de 8,89%. O giro financeiro totalizou 12,233 bilh��es de reais nesta sexta-feira.

Após a recusa de Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, ao Ministério da Fazenda, os nomes sobre a mesa eram os de Nelson Barbosa e de Joaquim Levy. Levy deve ocupar, de fato, a chefia econômica, enquanto Barbosa, espera-se, aceitará ficar no Planejamento. Já o senador Armando Monteiro (PTB-PE) foi convidado para ser o próximo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton, deve assumir o Tesouro Nacional e Alexandre Tombini deve seguir na presidência do Banco Central (BC).

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O cenário internacional também colaborou. A disparada do mercado logo na abertura se deu em razão da China. Pequim anunciou um corte na taxa de juros, pela primeira vez desde julho de 2012, para incentivar o avanço da economia. Com a notícia, os preços das empresas vendedoras de commodities foram estimulados, com destaque para Vale e as mineradoras europeias.

As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Vale tiveram alta de 6,45% e as preferenciais (PNA, com direito a voto) subiram 6,93%. Já as ações Petrobras dispararam mais de 11%, com os investidores aproveitando para ir às compras após os recuos mais recentes.

Dólar – Em repercussão positiva ao noticiário sobre a próxima equipe econômica, o dólar fechou em queda de 2,05%, a 2,5216 reais na venda, maior queda diária desde 30 de outubro deste ano.

(Com Reuters e Estadão Conteúdo)