O principal índice da BM&F Bovespa, o Ibovespa, operava em queda de 4,77% no pregão desta terça-feira, aos 44.977 pontos, influenciado pelo desempenho pior do que o esperado da produção industrial e a queda das ações das empresas de Eike Batista.

A saída de investidores estrangeiros da bolsa também tem pesado no desempenho do índice. O saldo negativo de recursos externos na Bovespa totalizou 4,07 bilhões de reais em junho, o maior desde os 4,17 bilhões de reais de setembro de 2012, em meio a um cenário global de maior aversão a risco e deterioração das expectativas em relação à economia doméstica. Nesta terça-feira, segundo fontes do jornal Valor Econômico, o movimento de saída de estrangeiros continuava. A BM&FBovespa ainda não divulgou os dados consolidados diários para confirmar tal movimento.

As três maiores quedas do pregão desta tarde foram as empresas do grupo EBX. Às 15h30, a petroleira OGX recuava 16,07%, a 47 centavos, enquanto a mineradora MMX caía 16,54%, a 1,11 real. As ações da companhia de logística do empresário, a LLX, eram negociadas a 78 centavos, em queda de 12%.

Além das empresas X, outras perdas que pressionam o Ibovespa nesta terça são das ações da Vale, com queda de 4,32%, e Petrobras, em baixa de 4,88%.

Na segunda-feira o Ibovespa havia fechado em queda de 0,48%, a 47.229 pontos, após ter chegado a cair 1,65% na mínima do dia. O destaque da sessão foi a queda de 29,11% da ação da OGX, que fechou cotada a 0,56 real.

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A produção industrial recuou 2% em maio ante abril, mas avançou 1,4% ante maio do ano passado, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira. Analistas esperavam queda de, no máximo, 1% na comparação mensal. No acumulado do ano o indicador subiu 1,7%, mas, em 12 meses, caiu 0,5%.

Nesta terça-feira o dólar abriu em alta de 0,36%, cotado a 2,2395 reais. Por volta de 10h30 a alta se acentuou e a moeda americana estava cotada a 2,2459 reais (+0,65%).

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Grupo X – Outro fator que deve permanecer pressionando a sessão na Bovespa é a saúde financeira das “empresas X”, que eleva a desconfiança entre os investidores. O Bank of America Merrill Lynch reduziu nesta terça-feira o preço-alvo das ações da OGX de 1,00 real para 10 centavos e reiterou recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) para a empresa devido à redução drástica das perspectivas de produção dos seus principais ativos. Entre alternativas possíveis para a empresa, o banco cogita a venda total da petroleira e até mesmo sua liquidação.