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Bovespa avança na expectativa de queda de Dilma em pesquisa eleitoral

Analistas ouvidos pelo site de VEJA afirmam que a alta das estatais na Bolsa transmitem uma mensagem clara do mercado: a necessidade de mudança

Por Da Redação
2 abr 2014, 16h24

O Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, fechou em alta de quase 3% no pregão desta quarta-feira diante da expectativa de nova pesquisa eleitoral que será divulgada no fim de semana. Não é a primeira vez que o clima de eleições presidenciais dita o ritmo do mercado este ano. Na semana passada, a Bolsa brasileira se descolou do mau humor dos mercados externos e subiu na quinta-feira após a pesquisa CNI/Ibope mostrar que a avaliação positiva do governo Dilma caiu de 43% para 36%, e a negativa subiu de 20% para 27%.

Nesta quarta, o movimento de alta ainda é especulativo, mas também ligado a intenções de voto. No sábado, o Instituto Datafolha divulgará uma nova pesquisa e o mercado espera um novo tombo de Dilma. No domingo, será a vez do Ibope, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, os investidores de curto prazo têm agido com otimismo a cada possibilidade de queda da popularidade ou da intenção de voto de Dilma. “É um recado efetivo que o mercado tem dado para o governo. Com a queda da Dilma, os investidores ficam mais confiantes em voltar a investir em empresas estatais”, comenta.

Um indicativo para tal justificativa é a falta de outros motivos aparentes que justifiquem a alta das ações de empresas como Petrobras e Eletrobras. Segundo o economista, num cenário normal, as investigações da petroleira sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, poderiam até pesar negativamente nas negociações dos papeis da Petrobras. Contudo, o fato de a reeleição estar um pouco mais distante do que se esperava, como mostrou a pesquisa Ibope da semana passada, significa menos ingerência na estatal – que é o que o mercado quer. No caso da Eletrobras, que está no centro da crise energética, a alta também demonstra que uma maior chance de mudança de governo poderá trazer efeitos benéficos para a empresa.

Agostini explica que a alta dos papéis das estatais – como Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras – reflete uma insatisfação do mercado financeiro com a gestão do PT. “Ao reagir dessa forma em relação às pesquisas, o mercado demonstra que não vai dar mais o crédito que o governo deveria ter se ele não mudar de posição em relação às estatais.”

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O analista Pedro Galdi, da SLW Corretora corrobora a avaliação sobre os efeitos da pesquisa eleitoral na Bolsa. Contudo, acrescenta que outros fatores contribuem para o ânimo do mercado. Galdi lembra que a o Ibovespa acumulou alta de 7% em março, depois de meses de queda dos preços das ações. “O tombo sofrido nos entre dezembro e fevereiro deixaram os preços baixos e atrativos”, comenta. Ele diz ainda que o clima de tensão da Crimeia atraiu investidores estrangeiros para o país, impulsionando as negociações no mercado doméstico.

O Ibovespa fechou em alta de 2,85%, o maior nível desde 29 de novembro do ano passado. A ação PNB da Eletrobras subiu 5,89%, negociada a 11,51 reais; a da Petrobras teve alta de 4,74%, a 16,56 reais; e o papel do BB crescia 4,17%, a 23,73 reais por ação.

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