Bolsa recua quase 4% em meio a discussões sobre impeachment

Queda do Ibovespa foi puxada ações de bancos, Petrobras e Vale; maus resultados de comércio exterior da China também pesaram sobre os negócios

Por Da Redação
13 out 2015, 18h03

O Ibovespa abriu o pregão com queda de pouco mais de 1% e ampliou as perdas (AFP/VEJA)

A bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) registrou nesta terça-feira a maior queda porcentual desde o início de dezembro, em um dia marcado por forte realização de lucros após uma sequência de nove pregões de alta. A crescente tensão política no cenário doméstico e preocupações com a economia chinesa puxaram as quedas, registradas principalmente entre as ações de bancos, Vale e Petrobras. O principal índice da bolsa, Ibovespa, caiu 3,99%, a 47.369 pontos. O giro financeiro totalizou 7,8 bilhões de reais.

Por causa do feriado de Nossa Senhora Aparecida, a bolsa ficou fechada nesta segunda-feira. Assim, os operadores também foram influenciados nesta terça pelo ajuste para baixo dos recibos de ações (ADRs) das principais empresas negociadas na bolsa de Nova York, ocorrido em linha com a queda no preço das commodities.

No cenário interno, o mercado está apreensivo com a pauta do eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A oposição pretende fazer acréscimos ao pedido de impedimento da presidente, argumentando que o seu governo continua praticando as chamadas ‘pedalas fiscais’ neste ano. Dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) concederam liminares para barrar o processo traçado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para iniciar a tramitação de ação contra Dilma.

No exterior, dados fracos da economia chinesa aumentaram o clima de aversão ao risco. Nesta terça, Pequim divulgou números da balança comercial. As exportações caíram menos do que o esperado em setembro, mas uma queda mais forte nas importações deixou economistas divididos sobre a recuperação da economia do país.

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(Com agências)