Bolsa opera em queda de mais de 3% com incerteza eleitoral
Investidores consideram que não houve "venceder" no primeiro debate presidencial na TV e aguardam pesquisas nesta quarta-feira
Atualizada às 16h00
Após registrar leve alta de 0,1% no pregão da véspera, o Ibovespa, principal índice da BM&FBovespa, opera em queda de 3,6% nesta quarta-feira, em linha com as principais bolsas internacionais. No âmbito doméstico, o mercado é influenciado por expectativas em torno do segundo turno das eleições presidenciais. O cenário de indefinição sobre quem será o próximo presidente do país, refletido por pesquisas recentes, motiva a cautela dos investidores. Por volta das 16h00, a bolsa brasileira recuava 3,63%, a 55.908 pontos.
No noticiário político, o mercado avalia o debate entre os presidenciáveis realizado na terça-feira à noite, pela Rede Bandeirantes. Os investidores consideraram que não houve um “vencedor” claro no evento, o que, em última instância, favorece a candidata da situação, Dilma Rousseff (PT). Com isso, crescem as expectativas em torno das pesquisas Ibope e Datafolha, sobre a corrida presidencial, previstas para esta noite.
Entre ações de estatais do chamado “kit eleição”, papéis de empresas mais vulneráveis ao contexto eleitoral, a Petrobras tem desvalorização de cerca de 5%; Banco do Brasil perde 4,39% e Eletrobras recua 3,82%. Já a Vale registra queda próxima de 1,5%.
No exterior, preocupações sobre o fraco crescimento global e dados ruins sobre a economia americana (consumo, em especial) pressionam os mercados lá fora. Nos Estados Unidos, todas as bolsas de Nova York operam no campo negativo. Dow Jones cai 0,97%; Standard and Poor’s recua 0,98% e Nasdaq tem queda de 0,88%
Leia mais:
‘Efeito Aécio’ na Bolsa faz Petrobras retomar posto de maior empresa da América Latina
Petrobras sobe mais de 10% e impulsiona Bovespa
Dólar – O dólar começou o dia em alta ante o real. No fim da manhã, por volta de 11h30, a moeda americana valorizava-se 1,29%, cotada a 2,4316 reais. O movimento está descolado da tendência externa, onde a moeda norte-americana opera enfraquecida.
(Com Estadão Conteúdo)