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Bolsa cai mais de 3% nesta sexta, mas Aécio sustenta ganhos na semana

Na primeira semana após o primeiro turno, Bovespa ficou muito sensível ao cenário eleitoral. Dólar subiu 1% no dia

Por Da Redação
10 out 2014, 18h24

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo (BM&FBovespa), fechou o último pregão da semana em forte queda de 3,42%, aos 55.311 pontos, depois de quatro dias de alta. A surpresa da ida do candidato tucano, Aécio Neves, ao segundo turno surpreendeu positivamente os mercados e a bolsa subiu 3,2% no acumulado da primeira semana após o primeiro turno.

O grande porcentual de votos válidos (33,5%) do candidato do PSDB também foi uma boa surpresa e já começou, no início da semana, a mostrar a força que ele tem contra a presidente Dilma Rousseff (PT) na corrida à cadeira presidencial.

As ações mais sensíveis ao cenário eleitoral foram as das estatais. As ordinárias (ON, com direito a voto no Conselho) da Petrobras, Banco do Brasil e Eletrobras registraram altas significativas no acumulado da semana, de 12,7%, 18,5% e 7,7%, respectivamente. As preferenciais (PN, sem direito a voto) da petroleira também subiram: 13,7% na semana.

“O mercado trabalhou nos primeiros dias da semana com a possibilidade do apoio da Marina, e do PSB, e a indefinição do apoio da ex-candidata esfriou os ânimos”, comentou a analista Karina Freitas, da Concórdia Corretora, sobre o pregão ameno de quinta (alta de 0,34%) e a queda desta sexta.

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A queda é considerada natural pelo mercado. “A realização (movimento em que investidores acabam vendendo papéis para embolsarem o lucro de compras anteriores) é natural em função das altas passadas. Mas o que deu início ao movimento (de queda) foi a divulgação da pesquisa Datafolha um pouco abaixo das expectativas”, disse Ari Santos, gerente de bolsa de valores da H. Commcor Corretora.

Na quinta-feira à noite o instituto de pesquisa divulgou um relatório que aponta 51% de intenções de voto para Aécio e 49% para Dilma, empate técnico na margem de erro. “A pesquisa Datafolha não frustrou os investidores, mas veio um pouco aquém do esperado”, acrescentou Santos.

“Os investidores viram que a disputa no segundo turno vai ser acirrada. Houve uma certa empolgação com o resultado do primeiro turno e ainda tivemos duas pesquisas de institutos pequenos que fizeram o mercado acreditar em uma vantagem maior no segundo turno, o que acabou não se confirmando no Datafolha e no Ibope”, Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho.

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Internacional – O cenário internacional também está pressionando a bolsa brasileira. Nos últimos dois pregões, os temores de desaceleração das economias europeias levaram as bolsas da região a amargurar perdas. Nesta sexta, o DAX, principal índice da bolsa da Alemanha, atingiu a pontuação mínima em um ano, ao despencar 2,4% a 8.788 pontos. “Nesta semana a Alemanha revisou para baixo seu PIB (Produto Interno Bruto), a atividade lá está em nível preocupante”, disse o analista Lenon Borges, da Ativa Corretora. O PIB alemão caiu 0,2% no segundo trimestre de 2014, após uma alta de 0,7% no primeiro.

Semana que vem – Segundo o analista Ricardo Kim, da XP Investimentos, na próxima semana devem pesar, de novo, as especulações eleitorais. “Segunda deve sair Ibope. Será uma informação importante para o mercado. O mercado vai começar a semana apreensivo pela pesquisa, de olho nas seguintes”, disse. No Brasil estão previstos indicadores de venda do comércio, termômetro do consumo das famílias.

Ari Santos, da H. Commcor, lembra ainda que a sensibilidade do mercado com as pesquisas eleitorais está trazendo muita volatilidade para a bolsa independentemente dos dados econômicos. “Passando as eleições, o mercado deve voltar ao normal.”

Dólar – O dólar fechou mais o segundo pregão da semana em alta, de 1,07% ante o real, a 2,4236 reais na venda.

Na semana, acumulou queda de 1,55%, após valorizar-se quase 10% ao todo nas quatro semanas anteriores. Na máxima, atingida nos últimos minutos do pregão, a divisa chegou a 2,4265 reais. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 800 milhões de dólares nesta sessão.

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