Boeing quer autorização para testar 787 em voos
Pedido à FAA indica que empresa pode ter solução para defeitos do modelo
A Boeing pediu permissão à Agência Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) para realizar voos de teste com o 787 Dreamliner, cuja frota mundial de 50 aeronaves está proibida de voar desde meados de janeiro devido a uma série de problemas, principalmente falhas na bateria. Segundo analistas, isso sugere que a empresa progrediu na busca de soluções para os defeitos apresentados pelo modelo.
A Boeing confirmou ao jornal americano Seattle Times e à rede britânica BBC que apresentou um pedido para realizar os voos de teste. A expectativa é de que a FAA não demore para conceder a autorização, embora oficialmente a agência tenha dito que ainda está avaliando o assunto.
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Os voos de teste devem servir para a Boeing avaliar se está no caminho certo para resolver o problema com as baterias do 787. Mesmo que isso se confirme, os voos comerciais ainda devem demorar algum tempo para serem retomados – talvez meses, informa o Seattle Times citando duas fontes especializadas.
Perdas – Nesta segunda-feira, a companhia aérea japonesa Japan Airlines (JAL) anunciou que suas perdas decorrentes dos problemas com o Boeing 787 Dreamliner devem chegar a 8 milhões de dólares. A empresa possui sete dos atuais 50 aviões deste modelo fabricados pela empresa americana e tem encomenda para outros 38.
“Em vez de negociar uma compensação com a Boeing, o importante agora é fazer os 787 voltarem a voar o mais rápido possível. Contudo, quando a situação se resolver nós vamos começar as negociações com a fabricante”, disse o presidente da JAL, Yoshiharu Ueki.
Outra companhia aérea japonesa, a All Nippon Airways, que tem mais aviões do que a JAL do modelo que está impedido de operar, afirmou na semana passada que negociará uma compensação com a Boeing assim que as perdas forem dimensionadas.
(Com agência Reuters)