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BNDES financia projetos de R$ 342 milhões da Volkswagen

Financiamento semelhante ao dado à Renault em abril visa o aprimoramento de tecnologias às necessidades do país e projetos sociais

Por Da Redação
9 jul 2012, 15h23

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta segunda-feira um financiamento de 342 milhões de reais para desenvolvimento de produtos da Volkswagen no Brasil. O projeto contemplado inclui um veículo subcompacto, um sedã médio e a modernização de outros modelos produzidos pela montadora no país.

Up! – O subcompacto que receberá parte destes investimentos muito provavelmente deve ser o modelo Up!, apresentado no Salão de Automóveis de Frankfurt no ano passado. O automóvel, já vendido no exterior por cerca de 25 mil reais, deve ser o próximo veículo de entrada da alemã no Brasil, no mesmo segmento do Kia Picanto, Cherry QQ, Nissan March e Toyota Etios. Há, inclusive, a possibilidade de o grupo instalar nova fábrica no território nacional para expandir sua capacidade, de modo a viabilizar a produção do Up!, conforme adiantado pelo presidente da filial brasileira, Thomas Schmall, em setembro.

Segundo o BNDES, os investimentos que serão financiados buscam aprimorar tecnologias já utilizadas em veículos lançados em outros países. É o caso da produção do tal modelo subcompacto – cujo projeto prevê a nacionalização de peças – e do desenvolvimento do sedã médio. Os recursos também serão aplicados no aprimoramento da engenharia e design dos veículos, e em diferenciais que atendam às preferências do consumidor. O BNDES avalia ainda que o lançamento de novos modelos no país pela Volkswagen é coerente com a atual conjuntura automotiva mundial, marcada pela busca por mercados com potencial de crescimento, como é o caso do Brasil, ante a maturação das vendas nos países desenvolvidos.

Enquandramento – Os programas da Volkswagen enquadram-se no escopo de atuação de um banco de fomento, como é o caso do BNDES. À semelhança do que se verifica no exterior, este tipo de instituição tem a missão de apoiar projetos que impliquem o surgimento de novos postos de emprego, a criação de conhecimento técnico no país, incentivo à inovação e adaptação de tecnologias à realidade nacional. O BNDES, contudo, tem sido criticado nos últimos anos por apoiar projetos que, muitas vezes, não trazem nada disso, além de não beneficiar em nada o contribuinte brasileiro – como, por exemplo, o apoio à compra da americana Pilgrim’s pelo grupo JBS. Já no caso da frustrada tentativa do empresário Abílio Diniz de fundir as operações do Pão de Açúcar com o Carrefour, com auxílio do capital do BNDES, a população correu o risco até de ser prejudicada, pois a transação implicava enorme concentração do mercado varejista doméstico. Felizmente, o banco de fomento desistiu do apoio e precipitou a derrota de Diniz na batalha com seus sócios franceses do grupo Casino, que eram contrários ao negócio.

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Projetos sociais – Além do desenvolvimento de produtos, o financiamento do BNDES à montadora inclui investimento em dois projetos sociais da Fundação Volkswagen: Costurando o Futuro e Aceleração da Aprendizagem. De acordo com o banco de fomento, o primeiro projeto visa capacitar oficinas de costura e confecção para moradores de baixa renda no entorno das fábricas da Volkswagen em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, e São José dos Pinhais (PR). O projeto já está em curso em São Bernardo do Campo e, com o financiamento do BNDES, será ampliado para a cidade paranaense. Já o projeto Aceleração da Aprendizagem, realizado em Resende, na região do Vale do Paraíba do Rio de Janeiro, e em outros municípios, será ampliado para o Espírito Santo com o financiamento do BNDES. O objetivo é reduzir a evasão escolar decorrente da defasagem de idade observada quando o aluno repete de ano várias séries seguidas. O projeto contempla a formação continuada de professores, das equipes técnicas de secretarias municipais de educação e de gestores de escolas.

Renault – Três meses atrás, o BNDES aprovou financiamento de valor semelhante (373,5 milhões de reais) à Renault do Brasil, também com foco em projetos de adaptação de tecnologias e projetos sociais. Segundo a montadora francesa, os recursos serão utilizandos, nos próximos três anos, na adaptação de veículos ao clima e às condições de ruas e estradas do país, além de investimentos em design, adequação da fábrica de utilitários – resultado da aliança com a Nissan -, e desenvolvimento de fornecedores locais, com aumento do índice de nacionalização dos veículos fabricados no Brasil.

(com Agência Estado)

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