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BNDES aprova empréstimos, mas 40% ficam em caixa

Diferença entre aprovação de crédito e liberação de recursos é a maior na história do banco de fomento em um ano

Por Da Redação
22 jan 2013, 13h09

Num ano em que a economia brasileira teve baixo crescimento, com avanço do Produto Interno Bruto (PIB) estimado em torno de 1%, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou 260,1 bilhões de reais em novos projetos. O valor de aprovações é o maior da história e demonstra a disposição do banco de fomento em evitar um desastre no crescimento do país.

No entanto, para o empréstimo realmente se concretizar, é preciso que o BNDES libere os recursos para os investidores. E, apesar de todos os esforços para colaborar com a equipe econômica da presidente Dilma, apenas 156 bilhões de reais do que havia sido aprovado foram efetivamente liberados em 2012.

Assim como houve recorde de aprovações, o total de recursos que ficou em caixa é único na história recente do banco – 40% do dinheiro aprovado em 2012 não saiu do papel no mesmo ano. O BNDES ressalta, porém, que a diferença entre os projetos aprovados e a liberação de recursos é normal: os projetos aprovados no ano passado terão os recursos liberados ao longo de 2013.

“De 2011 para 2012, por força da crise, os planos de investimento se reduziram e estamos observando uma inequívoca melhora de planos de investimento a partir das novas informações”, disse Luciano Coutinho, presidente do BNDES, em coletiva de imprensa nesta terça-feira.

No início do ano passado, Coutinho estimou que o BNDES teria capacidade de emprestar entre 140 bilhões e 150 bilhões de reais. O banco cumpriu a estimativa do presidente, mas só conseguiu superá-la porque acelerou o volume de desembolsos em dezembro. Foram 34,2 bilhões de reais liberados no último mês de 2012, valor recorde para o mês. Nos quatro meses anteriores, o ritmo de liberação ficou em torno de 13 bilhões de reais.

O BNDES afirma que dezembro é um mês onde ocorre, tradicionalmente, mais liberação de recursos. Os ajustes em projetos públicos concentram as liberações no último trimestre, como ocorreu no ano passado com o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste), linha de financiamento voltada para viabilizar investimentos dos governos estaduais. Mas, se o ritmo do segundo semestre tivesse sido mantido e o valor não tivesse sido recorde, o volume liberado pelo BNDES em 2012 poderia ter sido o menor dos últimos quatro anos.

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Setores – Os desembolsos para infraestrutura diminuíram 6% no ano passado, para 52,9 bilhões de reais, enquanto os recursos destinados à indústria somaram 47,6 bilhões de reais, alta anual de 9%. Os financiamentos ao setor de energia elétrica atingiram cerca de 18 bilhões de reais, alta de 19% ante 2011. Já o setor de agronegócios recebeu 11,3 bilhões de reais em recursos e o comércio, 44 bilhões, crescimento de 16% e 51%, respectivamente.

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Expectativas – O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou que 2013 será um ano “desafiador”. Coutinho preferiu não fazer uma projeção para os desembolsos neste ano, mas admitiu ver “pressão da demanda por recursos”. Ele disse ainda que a participação do BNDES depende em parte da agenda de debêntures e do compartilhamento de operações com o mercado.

“As perspectivas do investimento mapeadas pelo banco e as que vêm do aumento de consultas apontam para uma recuperação do ritmo de investimento ao longo de 2013 e 2014”, disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

O setor de infraestrutura, segundo ele, será um fator de aceleração do crescimento com destaque para as concessões em logística. Os setores destacados pelo banco em termos de planos de investimento foram petróleo e gás, energia e setores da indústria como automotivo, bens duráveis e telecomunicações.

(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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