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BNDES admite rever termos da fusão entre Oi e Portugal Telecom, diz ministro

Apesar de reconhecer que o banco pode reavaliar condições, Paulo Bernardo garante que fusão não está em risco

Por Da Redação
14 jul 2014, 20h46

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros sócios da Oi vão rediscutir os termos da fusão com a Portugal Telecom, caso a empresa europeia tome um calote no investimento financeiro de cerca de 1 bilhão de euros que não teria sido divulgado aos sócios brasileiros, disse o ministro das Comunicações do Brasil, Paulo Bernardo. “Tem uma operação que vence amanhã. Se o dinheiro voltar, tudo certo, se não voltar, evidente que o BNDES e os acionistas vão querer discutir a operação de fusão e a composição acionária, porque isso com certeza esvaziou um dos sócios de forma expressiva”, disse o ministro a jornalistas.

A Portugal Telecom emprestou 897 milhões de euros à holding Rioforte, um veículo da família Espírito Santo, controladora do banco BES, maior acionista individual da companhia europeia. A maior parte do montante, 847 milhões de euros, tem de ser paga na terça-feira. Porém, Paulo Bernardo afirmou que a fusão das duas operadoras, que cria uma companhia com cerca de 100 milhões de clientes, não está em risco. Bernardo disse que o governo avalia a situação e tem pedido informações para entender melhor a operação com a Rioforte. “Pedimos para acompanhar e ter informações do que está sendo feito e as consequências. Aparentemente, foi feita uma operação que esvaziou o caixa da Portugal Telecom em quase 1 bilhão de euros”, disse, após participar da divulgação do balanço das ações do governo na Copa do Mundo.

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Apreensão – Os temores de um calote por parte da Rioforte deixaram os acionistas brasileiros apreensivos por não terem sido avisados da operação pela diretoria da Portugal Telecom, que está em processo de fusão com a Oi. A revelação, pela mídia portuguesa, de que executivos da Portugal Telecom disponibilizaram o dinheiro à Rioforte mesmo sabendo que o GES tinha problemas financeiros voltou a levantar questionamentos sobre a Portugal Telecom ter agido de má-fé. O Banco Espírito Santo (BES) informou que pode ter prejuízos devido a sua exposição ao restante do grupo. A Oi enviou executivos a Portugal na última semana para acompanhar de perto os desdobramentos da crise com a sócia Portugal Telecom.

Os problemas dos proprietários da Rioforte vieram a público em maio. Fontes próximas às empresas, no entanto, afirmaram que gestores da Portugal Telecom já sabiam das dificuldades, e mesmo assim aprovaram o empréstimo de mais de 1 bilhão de dólares em notas promissórias durante uma reunião em abril. O valor vinha sendo mantido em caixa ou em instrumentos de curto prazo ligados a contas bancárias. Em 30 de junho, a Portugal Telecom ainda informou que as duas emissões de notas promissórias pagaram um retorno médio anual de 3,6%.

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A Portugal Telecom recusou-se a comentar se os executivos sabiam das dificuldades do Grupo Espírito Santo – ou os motivos que levaram a empresa a conceder o empréstimo. Já a Rioforte não comentou sobre seus planos de ressarcimento. A expectativa é de que a empresa devolva 847 milhões de euros na terça-feira e 50 milhões euros na quinta-feira à Portugal Telecom. O Grupo Oi também não comentou o assunto, após criticar duramente a transação que balançou a confiança do investidor português e agitou o mercado de ações em todo o mundo.

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(Com Reuters e Estadão Conteúdo)

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