Rafik Khalifa, o magnata argelino detido em Argel, foi condenado nesta terça-feira por um tribunal francês a cinco anos de prisão por ter desviado milhões de euros durante a quebra de seu grupo, em 2002.

O empresário apelidado de “Bill Gates africano” foi considerado culpado de ter organizado o saque de sua empresa pouco antes de sua liquidação, esvaziando-a de alguns de seus ativos mais significativos. A destruição do império Khalifa provocou um prejuízo estimado de 1,5 a 5 bilhões de dólares ao Estado argelino e aos poupadores. Até ser preso, Khalifa mantinha um estilo de vida luxuoso pago com o dinheiro das empresas de seu grupo.

Depois de ser detido em Londres em 2007, Rafik Khalifa, de 48 anos, foi extraditado a Argel no fim de 2013, onde havia sido condenado à revelia à prisão perpétua. Mas, um novo julgamento em Nanterre (oeste de Paris), França, lhe rendeu cinco anos de prisão.

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“Esta sentença é uma grande decepção a todos os argelinos que foram partes civis neste caso. O tribunal considerou que sua demanda era improcedente, mas foram eles os que foram arruinados neste caso”, destacou Elizabeth Maisondieu-Camus, uma advogada das partes civis.

Outras dez pessoas eram processadas neste complexo caso: a ex-esposa de Rafik Khalifa, um escrivão, ex-representantes da empresa na França, assim como um construtor e fornecedor de equipamentos para a indústria aeronáutica. Três destas pessoas foram colocadas em liberdade, e as outras foram condenadas à prisão.

(Com agência France-Presse)