Bernardo Figueiredo, da EPL, deixará cargo em dezembro

Presidente da empresa já teria avisado a presidente Dilma que só ficaria no cargo até 'arrumar' a empresa de planejamento estatal

Por Da Redação
24 out 2013, 12h01

Bernardo Figueiredo era bem respeitado no setor empresarial por sua trajetória profissional (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/VEJA)

O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, deixará o cargo em dezembro, informou a assessoria de imprensa da estatal nesta quinta-feira. Figueiredo já havia manifestado a intenção de deixar o cargo, assim que estruturasse a EPL e elaborasse os projetos de médio e longo prazo para o setor. Segundo a EPL, a presidente Dilma Rousseff pediu a Figueiredo que ficasse até dezembro e ele aceitou.

Uma fonte do governo que não quis se identificar disse que a tendência é que Figueiredo seja substituído pelo ex-ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Na quarta-feira, a pedido do próprio Passos, foi suspensa a sabatina que a Comissão de Infraestrutura do Senado realizaria com ele para uma vaga na diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Especula-se que Passos já teria sido convidado para a vaga de Figueiredo e, por isso, desistiu da sabatina.

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Ex-diretor-geral da ANTT, Figueiredo era tido como homem de confiança da presidente Dilma na área de logística, mas acabou perdendo força nos últimos meses. Em sua longa trajetória no setor de transportes, Figueiredo ganhou notoriedade como um personagem do governo que escuta as demandas do setor privado e, por isso, deu ânimo aos empresários quando assumiu a presidência da EPL no ano passado. Porém, justamente por ter esta inclinação, ele também angariou inimizades dentro do próprio governo, como a do secretário do Tesouro, Arno Augustin, como mostrou reportagem do site de VEJA.

(com agência Reuters)