BCE mantém taxa de juros apesar de inflação próxima a zero

Juros básicos estão em 0,25% ao ano e taxas de depósito e de empréstimos também não foram alteradas. Banco está de olho no risco de deflação no bloco

Por Da Redação
3 abr 2014, 09h35

Mario Draghi, presidente do BCE, explicará decisão nesta manhã (Daniel Roland/AFP/VEJA)

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira manter sua principal taxa de juros inalterada na mínima histórica de 0,25% ao ano, apesar da forte desaceleração da inflação na zona do euro. A decisão de manter as taxas era esperada, embora uma minoria dos economistas esperasse um corte. O BCE também não mudou a taxa de depósito, de 0%, e manteve a taxa de empréstimos em 0,75%.

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Em março, a inflação na zona do euro atingiu o menor nível desde novembro de 2009: 0,5%. A notícia, divulgada pela Eurostat na segunda-feira, aumentou as expectativas de que o BCE poderia tomar alguma medida radical para frear a ameaça deflacionária. Vale ressaltar que inflação baixa é sinal, para economistas, de baixo consumo, o que pode impactar negativamente a economia.

Nesta quinta-feira, também saíram dados sobre vendas no varejo na região, que inclui dezoito países. Ao avançarem 0,4% em fevereiro ante janeiro, as vendas do comércio surpreenderam, já que era esperada queda de 0,6% por economistas. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas em fevereiro subiram 0,8%, informou a Eurostat. O destaque foi para a Alemanha, maior economia da zona do euro, onde as vendas no varejo subiram 1,3% em fevereiro, contra alta de 0,4% na França. Contudo, muitos países onde o desemprego ainda é elevado, tais como Espanha e Portugal, viram um recuo nas vendas na base mensal.

(com agência Reuters)