Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

BC vê inflação maior em 2016 e diz que continuará vigilante

Segundo ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira, ainda há dúvidas sobre a velocidade da recuperação dos resultados fiscais do país

Por Da Redação
3 dez 2015, 09h16

Já admitindo que só entregará a inflação na meta em 2017, o Banco Central (BC) passou a prever um IPCA ainda mais elevado em 2016. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira, a instituição informou que sua projeção de inflação no cenário de referência aumentou frente ao encontro anterior e se situa acima do centro da meta. O BC não anuncia qual a taxa esperada na ata, apenas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que será divulgado um pouco antes do Natal.

No caso do cenário em que o BC usa parâmetros de mercado para desenhar seu cenário, a estimativa da autoridade monetária também aumentou, continuando acima do centro da meta. Na semana passada, o Copom manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, em decisão não foi unânime (6 x 2), com membros do colegiado votando pela alta imediata da Selic.

A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e está em 4,5% para este ano e também para 2016 e 2017. Em 2017, a margem de tolerância será reduzida de 2 pontos porcentuais (pp) para cima ou para baixo para 1,5 pp.

Segundo ata, ainda há dúvidas sobre o balanço de riscos, notadamente a velocidade da recuperação dos resultados fiscais e à sua composição e, assim, que o realinhamento de preços relativos está mais demorado e intenso do que o previsto.

“Nesse contexto, o Comitê entende que, independentemente do contorno das demais políticas, a política monetária deve se manter vigilante”, informou, repetindo que isso serve para assegurar a convergência da inflação para o centro da meta “no horizonte relevante”.

Continua após a publicidade

No Relatório Trimestral de Inflação mais recente, divulgado em setembro, a estimativa do BC para o IPCA do ano que vem estava em 5,3% no cenário de referência e em 5,4% no de mercado. Nesse mesmo documento, o BC informou que a chance de estouro da meta do ano que vem era de 20% no cenário de referência e de 22% no de mercado. Para este ano, a previsão para o IPCA estava em 9,5% no cenário de referência e no de mercado.

No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas dos analistas para o IPCA de 2015 estava em 10,38% e para 2016, em 6,64%. Para 2017, os analistas consultados semanalmente pelo BC projetam IPCA de 5,12%.

A ata divulgada hoje ressalta que o cenário de referência leva em conta manutenção da taxa de câmbio em 3,80 reais e Selic em 14,25% ao ano. No documento anterior, o BC trabalhava com a cotação do dólar em 3,85 reais.

Leia mais:

Produção industrial cai 0,7% em outubro, diz IBGE

Decisão sobre impeachment acentua volatilidade no mercado

(Com agências)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.