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Em ata do Copom, BC aponta alta maior na inflação para 2014

Preocupação motivou aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic. Técnicos admitem que não há mais o que ser feito para conter alta dos preços em 2013

Por Da Redação
6 jun 2013, 09h40

A tendência de alta da inflação motivou o Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) a subir, por unanimidade, o juro básico (taxa Selic) em 0,5 ponto percentual na quarta-feira passada, para 8% ao ano. “O Comitê avalia que essa decisão contribuirá para colocar a inflação em declínio (2013) e assegurar que essa tendência persista no próximo ano (2014)”, informa a ata da reunião, divulgada nesta quinta-feira. Os integrantes do comitê mostraram-se preocupados com a alta nos preços. O texo indica que há muito pouco a ser feito em 2013 para levar o índice para o centro da meta, de 4,5% ao ano. “O Copom avalia que, no curto prazo, a inflação em doze meses ainda apresenta tendência de elevação e que o balanço de riscos para o cenário prospectivo (futuro) se apresenta desfavorável.”

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Perspectivas – A ata apresenta um quadro mais pessimista do que o apresentado na reunião de abril. “Desde a última reunião do Copom, a mediana das projeções coletadas pelo Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) para a variação do IPCA em 2013 elevou-se de 5,68% para 5,81%. Para 2014, a mediana das projeções de inflação elevou-se de 5,70% para 5,80%”, constatou o BC, levando em consideração o cenário de referência (juro a 7,5% ao ano e dólar a 2,05 reais). No mês de abril, o Copom havia constatado uma tendência de queda da inflação para 2013 (que passaria de 5,70% para 5,68%), mas já via uma aceleração dos preços no ano que vem (perspectiva passou de 5,50% para 5,70%). Vale notar que na reunião de abril, este quadro levava em consideração o dólar a 2 reais, ou seja, o BC já havia apontado a tendência de alta do dólar, um novo ponto de preocupação para o governo Dilma Rousseff.

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O Comitê também reafirmou na ata o papel do Banco Central no combate à inflação, alvo de críticas da oposição. “Cabe especificamente à política monetária manter-se vigilante para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos.”

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou abril a 0,55%, ficando em 12 meses em 6,49%, muito próximo do teto da meta de inflação do governo de 6,50%, ainda pressionado pelos preços dos alimentos. A próxima reunião do Copom será nos dias 9 e 10 de julho.

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Para o BC, é importante antever os riscos futuros de aceleração da inflação, como o observado nos últimos doze meses. O Banco Central também mostrou-se preocupado com o impacto que a aceleração da inflação pode ter sobre os investimentos e o consumo interno do país – importantes fatores para ditar o desempenho da decepcionante economia brasileira. “O Comitê entende ser apropriada a intensificação do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso.”

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