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BC: crise externa tira um ponto porcentual da alta do PIB

Autoridade monetária prevê também expansão do consumo das famílias e dos gastos do governo

Por Da Redação
29 set 2011, 11h17

O setor externo provocará um impacto negativo de um ponto porcentual para a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de acordo com o Relatório de Inflação do terceiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central. A contribuição da demanda interna para a expansão do PIB, por outro lado, será de 4,5 pontos porcentuais. O BC reduziu de 4% para 3,5% a sua projeção de expansão do PIB este ano.

Pelos dados do BC, a agropecuária deverá crescer 2,1% em 2011, apresentando uma alta de 0,2 ponto porcentual em relação ao relatório de junho. Já a previsão de expansão da indústria foi reduzida 1,9 ponto porcentual, caindo para 2,3%. A produção do setor de serviços deve aumentar 3,5% em 2011, segundo o BC. A projeção anterior era de 3,8%.

Os dados do PIB do BC mostram que, pelo lado da demanda agregada, a nova projeção para o crescimento econômico considera uma expansão maior no consumo das famílias, de 4,5% ante 4,1% no relatório anterior. Também aumentou a projeção para o consumo do governo, que subiu de 1,9% para 2,1%. A estimativa para o crescimento da formação bruta de capital fixo (investimentos) foi reduzida de 6,4% para 5,6%.

Crédito – O relatório mostra que o cenário central traçado pelo BC também contempla moderação da expansão do mercado de crédito, para a qual contribuem ações macroprudenciais e ações convencionais de política monetária recentemente adotadas.

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O Banco Central destaca no relatório que a dinâmica do mercado de crédito merece atenção. “Tanto pelos potenciais impactos sobre a demanda agregada e, por conseguinte, sobre a inflação, quanto por riscos macroprudenciais que dela podem se originar”, registra o documento.

Segundo o BC, o dinamismo do mercado de crédito tem determinado crescimento contínuo da relação entre crédito e PIB, o que contribui para ampliar o poder da política monetária no Brasil. Por outro lado, a fragilidade crescente observada em algumas economias maduras, combinada com as perspectivas favoráveis para a economia brasileira, tem determinado a entrada de intensos fluxos de recursos estrangeiros no Brasil. O BC ressalta que parte desses recursos tem sido canalizada para o mercado de crédito.

Indexação – O Banco Central voltou a chamar atenção para a indexação de contratos na economia brasileira. No relatório, diz que há “resistências importantes à queda da inflação no Brasil”. O argumento dos diretores da instituição é que “existem mecanismos regulares e quase automáticos de reajuste que contribuem para prolongar, no tempo, pressões inflacionárias observadas no passado”.

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O problema dessa característica da economia brasileira, diz o BC, é que “os riscos associados aos mecanismos de indexação tornam-se particularmente importantes em circunstâncias como a atual, quando a inflação acumulada em doze meses se posiciona acima da trajetória de metas”.

Um dos argumentos usados pelos diretores do BC é que as indexações de preços “mesmo que informais, reduzem a sensibilidade da inflação às flutuações da demanda”. “De modo geral, ao conter o processo de desinflação da economia, os mecanismos de indexação contribuem para elevar o ‘ponto de partida’ da taxa de inflação em ciclos de moderação econômica”, diz o texto.

Diante desse quadro, o BC defende que são potencializados “os riscos para o cenário inflacionário prospectivo” e crescem “os custos da desinflação”.

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(Com Agência Estado)

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