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BC português divide BES e injeta € 4,9 bilhões na instituição

Banco Espírito Santo será dividido em duas unidades: uma parte, com ativos saudáveis, vai se chamar Novo BES

Por Da Redação
4 ago 2014, 10h09

O Banco de Portugal, banco central português, anunciou na noite de domingo um plano de resgate para o Banco Espírito Santo (BES), instituição que foi afetada pelos problemas financeiros de seu maior acionistas, o Grupo Espírito Santo (GES). Além de injetar 4,9 bilhões de euros no BES, o BC português vai ajudar a instituição a se separar em duas partes: o “banco bom”, gerido pelo Fundo de Resolução, com todos os depósitos e ativos saudáveis; e o “banco mau”, com operações problemáticas, em especial advindas de holdings do GES. O “banco bom”, chamado de Novo Banco ou Novo BES, funcionará normalmente a partir desta segunda-feira.

“Tornou-se imperativo e urgente que uma solução fosse implementada para garantir os depósitos e salvaguardar o sistema financeiro”, disse o presidente do Banco de Portugal, Carlos Costa. Em comunicado, a Comissão Europeia informou que a solução encontrada condiz com as regras de ajudas estatais a instituições financeiras.

Respingos – A crise financeira do Grupo Espírito Santo abalou não apenas as empresas do próprio grupo, como também o processo de fusão entre a brasileira Oi e a Portugal Telecom. Isso porque uma das empresas do grupo, a Rioforte, não pagou o montante devido (de cerca de 900 milhões de euros) à Portugal Telecom no prazo. Isso fez com que a Oi pedisse a revisão dos termos do contrato de fusão com a portuguesa, uma vez que ela teria contraído dívidas muito difíceis de serem pagas.

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Há algumas semanas atrás, o Banco de Portugal disse que o BES tinha capital suficiente para resistir a problemas em seu controlador, um conglomerado com sede em Luxemburgo envolvido em irregularidades contábeis. O BES não apenas concedeu empréstimos para a controladora e suas unidades, mas vendeu bilhões de euros de sua dívida a clientes.

Na quarta-feira, o BES anunciou prejuízo de 3,6 bilhões de euros no primeiro semestre. O Banco de Portugal esperava perda de 2 bilhões de euros, porém descobriu que a instituição continuou aumentando sua exposição à controladora e entidades relacionadas durante o segundo trimestre, contrariando orientações do banco central.

Carlos Costa, do Banco de Portugal, disse que o BES será resgatado por meio do Fundo de Resolução, instância formada pelo sistema financeiro português sob a supervisão direta do Banco de Portugal. Como o Fundo está quase vazio, ele receberá uma injeção bilionária de capital proveniente de uma linha de crédito criada em 2012 como parte do plano de resgate financeiro de Portugal.

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(Com Estadão Conteúdo)

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