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EUA anunciam fim do programa de compra de títulos

Medida vinha sendo adotada desde 2008 com o objetivo de injetar dólares na economia e manter a atividade aquecida

Por Da Redação
27 abr 2011, 15h47

O controverso programa é apontado como um dos principais responsáveis pela desvalorização do dólar e pelo aumento da liquidez internacional – parte da qual tem aportado no Brasil, impulsionando a valorização do real

O banco central dos Estados Unidos (Fed) decidiu manter nesta quarta-feira a taxa básica de juro entre zero e 0,25% ao ano e apontou o fim do controverso programa de compra de títulos do Tesouro americano. Conhecida como afrouxamento quantitativo (quantitative easing), a medida tem sido tocada pelo Tesouro americano desde novembro de 2008 e tem por objetivo aumentar o volume de dólares na economia, mantendo a atividade aquecida. Após a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, equivalente ao Copom brasileiro), o Fed afirmou que “vai concluir” as operações até o fim de junho. Entre novembro de 2008 e março de 2010, o Fed havia recomprado 1,7 trilhão de dólares em títulos do Tesouro e em dívida imobiliária. O término da medida já vinha sendo sinalizada pelo órgão.

Países emergentes criticavam o programa, pois sofriam com a forte entrada de dólares em suas economias. No Brasil, o impacto da enxurrada de moeda norte-americana tem sido a forte desvalorização do dólar frente ao real. Só neste ano, a moeda americana já caiu 9,2%. Esses recursos entram no país em busca de maior rentabilidade. Enquanto a taxa básica de juros no Brasil está em 12%, nos países desenvolvidos o rendimento é próximo de zero.

Mas é fato que, para os Estados Unidos, o programa mostrou-se bem-sucedido ao afastar os riscos de recessão e deflação, além de ter estimulado a retomada de investimentos no mercado de ações e em outros ativos com maior risco e melhor retorno do que os papéis do Tesouro.

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Com a decisão de encerrar o programa, o fluxo de dólares para os países emergentes deve cair. Não por acaso, a principal recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial (Bird) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (PID), há duas semanas, foi de preparação dessas economias para uma eventual saída de capitais, em busca de retorno financeiro mais atraente e da segurança dos papéis americanos.

Se de fato isso ocorrer, o real pode até se desvalorizar frente ao dólar, o que deve pressionar ainda mais a inflação no Brasil.

Bernanke – Além das decisões do Fomc, os olhos dos investidores estarão voltados, logo mais, ao presidente do Fed, Ben Bernanke, que vai inaugurar uma nova modalidade de comunicação com o mercado. Ele falará à imprensa, seguindo modelo já adotado pelo Banco Central Europeu (BCE).

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