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BBom, Telexfree e mais onze empresas são investigadas por pirâmide financeira

Investigação faz parte de uma ação do MP. BBom e Telexfree tiveram bens bloqueados na Justiça

Por Naiara Infante Bertão
11 jul 2013, 19h46

Além da BBom e da Telexfree, empresas acusadas de prática de crime financeiro, outras onze companhias estão sendo investigadas pelo mesmo crime, que envolve a criação de pirâmide financeira. A ação faz parte de uma força-tarefa de promotores e procuradores do Ministério Público de diversos estados brasileiros para desmembrar esse tipo de atividade ilegal, entre eles Goiás, Espírito Santo, Acre, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco,

Ao todo são treze empresas envolvidas em denúncias de irregularidades, de acordo com o promotor Hélio Telho, do Ministério Público Federal de Goiás – eram nove até a semana passada, quando o MP gaúcho começou a investigar as empresas Nnex, Multiclick, Priples e Cidiz. Telho não quis revelar os novos nomes por se tratar de informação temporariamente sigilosa. “Os esforços são conjuntos porque a rapidez com que essas operações se propagam é absurdamente rápida, especialmente por causa das redes sociais”, explicou o promotor. “Se comprovada essa prática em outras empresas, uma ação pública será ajuizada”, afirmou Telho.

A BBom e a Telexfree já tiveram seus bens congelados durante a investigação. No caso da primeira, a inserção de novos integrantes na rede era feita sob a alegação de que eles seriam parceiros em um comércio de rastreadores, que, segundo a investigação, era um negócio de fachada e nem mesmo os rastreadores eram homologados junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No caso da segunda, era comercializado um sistema de telefonia via internet, o VOIP (Voice Over Internet Protocol).

Leia ainda: Depois de Telexfree, BBom tem bens bloqueados pela Justiça

Precauções – Nesses casos, o promotor de Goiás aconselha os envolvidos a guardar todos os comprovantes das operações que fizeram com as empresas – contrato, depósitos e pagamentos – para serem ressarcidos, pelo menos, de parte do dinheiro investido, conforme determinar a Justiça.

O promotor lembra ainda que a prática de pirâmide financeira é crime e pede atenção das pessoas para indícios que podem significar um negócio ilegal. Primeiramente, o promotor indica que os indivíduos desconfiem de qualquer empresa que ofereça ganhos altos em um curto espaço de tempo. Em segundo lugar, Telho recomenda pensar muitas vezes antes de se envolver com uma empresa que diz praticar ‘marketing multinível’, mas pede dinheiro para aceitar o associado. Há uma diferença importante entre o modelo de negócios denominado ‘marketing multinível’ ou ‘marketing de rede’, e o golpe conhecido por pirâmide financeira.

No caso do ‘marketing multinível’, trata-se de modelo comercial sustentável e legal, no qual o integrante da rede ganha pela venda de produtos ou serviços – e não pelo recrutamento de outros vendedores. Ou seja, seu faturamento será proporcional à receita gerada pelas vendas – a base da sustentabilidade do negócio – e não pelo número de integrantes investindo no negócio.

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Na ‘pirâmide financeira’, os participantes são remunerados somente pela indicação de outros associados, sem levar em consideração a real venda de produtos. Assim, a sustentabilidade do negócio fica comprometida, pois sua base é essencialmente o pagamento dos associados e, em algum momento, atrair novos participantes se torna matematicamente impossível. “O dinheiro que entrava na BBom, por exemplo, era pra pagar o lucro das pessoas que entraram primeiro. Esse tipo de empresa é insustentável a longo prazo”, disse Telho, ao explicar que a companhia pode rapidamente falir se a entrada de novos associados é interrompida.

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Ministério da Justiça abre processo contra a Telexfree

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